A confiança do setor de serviços no Brasil registrou queda em janeiro, atingindo o patamar mais baixo desde maio de 2021. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e apontam para um início de ano desafiador para o segmento.
No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,5 pontos, chegando a 91,8 pontos, marcando a terceira queda consecutiva. O economista do FGV IBRE, Stéfano Pacini, destacou que esse resultado reflete um aumento do pessimismo entre os empresários do setor, impulsionado pela deterioração tanto na avaliação da situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses. “Há um indício de pessimismo disseminado entre os segmentos, com previsão de piora na demanda futura”, explicou.
O Índice de Situação Atual (ISA-S), que mede a percepção sobre o momento presente do setor, caiu 2,6 pontos, fixando-se em 94,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as projeções para os próximos meses, também apresentou retração de 2,6 pontos, atingindo 89,0 pontos.
Apesar do cenário de queda generalizada, algumas atividades mostraram melhora na percepção sobre o momento atual, como os serviços prestados às famílias, que registraram alta na confiança em janeiro. “Os bons resultados em termos de emprego e renda representam um fator positivo, mas a taxa de juros elevada e o alto grau de incerteza econômica podem limitar a demanda por serviços ao longo do ano”, avaliou Pacini.
A divulgação dos dados ocorre um dia após o Banco Central elevar a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual, para 13,25% ao ano. A autoridade monetária também indicou a possibilidade de um novo aumento de igual magnitude na próxima reunião, em março, deixando em aberto os passos seguintes da política monetária.
Fonte: portaldoagronegocio
