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Agronegócio

Como superar a escassez de mão de obra na suinocultura: principais insights do 16º SBSS

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A escassez de mão de obra continua a ser um desafio significativo em várias cadeias produtivas, exigindo adaptações no ambiente de trabalho e alternativas para manter os profissionais engajados. No 16º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), realizado em Chapecó, o médico veterinário Leandro Trindade, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, discutiu o tema “Equipes de alta performance: este é o caminho? Desafios da produção na escassez de mão de obra”. O evento, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), reuniu profissionais da área, incluindo veterinários, zootecnistas, consultores e produtores rurais.

Trindade destacou que um dos principais desafios no setor é a adaptação das práticas internas ao novo perfil dos colaboradores, que valoriza o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. “Não se trata apenas de idade, mas de como as novas gerações percebem o trabalho e o bem-estar. Após a pandemia, muitas pessoas passaram a avaliar o trabalho com base no propósito e na qualidade de vida que ele proporciona”, explicou o especialista.

Entre os desafios mencionados estão a negligência dos fatores internos, a percepção equivocada de que o engajamento é fácil de alcançar, a subestimação do papel dos supervisores e a implementação de incentivos descontextualizados. Trindade sugeriu que benefícios como aumento salarial, premiações por metas, automação e inovação tecnológica, bem como e eventos especiais, são estratégias eficazes para melhorar o engajamento.

O especialista observou que a maior oferta de oportunidades no mercado atual faz com que os trabalhadores sejam mais seletivos. “Antes, as pessoas tinham menos escolhas e eram menos exigentes. Hoje, elas priorizam empregos que ofereçam dignidade e flexibilidade na vida pessoal”, comentou Trindade.

Para enfrentar esses desafios, Trindade enfatizou a importância de criar uma experiência de trabalho positiva, com um ambiente acolhedor e um compromisso de longo prazo entre empresa, equipe e liderança. “Não se trata apenas de aplicar técnicas, mas de adaptar a abordagem para a realidade específica de cada granja. É necessário investir em conhecimento e gestão de pessoas”, afirmou.

O especialista sugeriu que, para superar a escassez de mão de obra, as granjas devem adotar estratégias internas que aumentem o desempenho e o engajamento da equipe. “É crucial ter líderes qualificados e uma cultura que promova uma experiência de trabalho engajadora. Diagnosticar o contexto, revisar a cultura e formar gestores são passos essenciais para enfrentar a escassez de mão de obra e manter um ambiente de trabalho produtivo”, concluiu Trindade.

Fonte: portaldoagronegocio

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