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Agronegócio

Como otimizar o manejo no confinamento para impulsionar a eficiência na pecuária de corte

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A busca incessante pela excelência na produtividade do rebanho bovino motiva constantes ajustes nas práticas cotidianas do agropecuário. Um desses ajustes, que não acarreta em aumento de custos nem de tempo, é a implementação de boas práticas de manejo no confinamento, as quais se mostram vitais para o sucesso da atividade.

A terminação de bovinos em confinamento traz consigo uma série de para a cadeia produtiva da pecuária de ao longo do ano. Entre esses benefícios estão o maior equilíbrio na oferta de animais prontos para abate, a redução da pressão de pastejo sobre as pastagens durante o período seco e a diminuição da idade de abate do rebanho.

Embora os bovinos sejam naturalmente animais herbívoros adaptados ao pastejo, eles podem prosperar em sistemas de confinamento, desde que devidamente adaptados. Para tal, é essencial seguir algumas rotinas de manejo, como o correto dimensionamento dos lotes em termos de tamanho e número de animais, a disponibilidade adequada de espaço por cabeça, a mistura adequada de lotes, a manutenção de condições climáticas apropriadas e a garantia de um ambiente livre de estímulos estressantes, como ruídos, presença de pessoas estranhas e objetos desconhecidos, além de evitar lama ou poeira nos currais de confinamento.

Isaias Martim, zootecnista e supervisor comercial da Connan, ressalta a importância de um monitoramento cuidadoso do comportamento dos animais, destacando sinais como vazio ruminal, narinas secas, falta de ruminação ou isolamento do restante do rebanho. Ele também destaca a relevância de uma cuidadosa seleção e separação dos animais, levando em conta critérios como faixa de peso, raça, sexo e estado de saúde, garantindo que apenas animais em condições ideais sejam direcionados ao confinamento.

Em relação à alimentação, Martim sugere a adoção de programas de transição alimentar, nos quais os bovinos recebem uma dieta com menor teor energético nas primeiras semanas, antes de iniciar a fase de terminação. Outra alternativa é a progressiva adaptação à dieta de terminação, começando com porções menores de alimento e aumentando gradualmente a quantidade fornecida.

O monitoramento constante do rebanho é fundamental para detectar rapidamente quaisquer problemas de adaptação ou saúde. Durante as primeiras semanas, é recomendável realizar monitoramentos duas vezes ao dia, reduzindo para uma vez ao dia após o período de adaptação inicial. Além disso, a leitura diária dos cochos é essencial para ajustar a quantidade de alimento fornecido, evitando desperdícios ou deficiências na alimentação.

A precisão no carregamento dos ingredientes da dieta também é crucial, pois contribui para a consistência e a eficácia da alimentação dos animais. Finalmente, a observação das fezes dos animais fornece informações valiosas sobre a saúde e o aproveitamento da dieta, ajudando a identificar eventuais problemas nutricionais.

Em suma, as boas práticas de manejo no confinamento são fundamentais para o sucesso da atividade pecuária, garantindo não apenas a saúde e o bem-estar dos animais, mas também a eficiência e a rentabilidade do negócio.

Fonte: portaldoagronegocio

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