Pesquisas realizadas por um instituto no Rio Grande do Sul ao longo de duas safras evidenciam melhorias notáveis no estande de plantas e na produtividade do arroz quando se utiliza uma combinação de bioestimulante e herbicida. Esses estudos, conduzidos pela Biomonte Pesquisa & Desenvolvimento em Santa Maria-RS, sob encomenda da Sipcam Nichino, apontam para uma redução significativa na fitotoxicidade causada pelos herbicidas e um retorno positivo em termos de custo-benefício para os produtores.
A associação do bioestimulante Abyss® com o herbicida Sirtaki® 360 CS demonstrou ser eficaz na diminuição da fitotoxicidade e na manutenção de estandes de plantas saudáveis. “A adição de Abyss® ao manejo de invasoras reduz significativamente a fitotoxicidade do herbicida e auxilia na manutenção de estandes adequados”, explica José de Freitas, engenheiro agrônomo da área de desenvolvimento de mercado. Nos dois ciclos de estudo (2022-23 e 2023-24), foi observado um estande de 59 a 62 plantas de arroz por metro linear, 14 e 21 dias após a aplicação dos produtos, com uma produtividade média entre 8,8 e 9,2 toneladas por hectare.
Mesmo na safra 2023-24, que registrou chuvas acima da média no Rio Grande do Sul, o uso do bioestimulante e do herbicida resultou em dados robustos. “Com doses altas do herbicida, houve áreas onde a fitotoxicidade foi reduzida de 46% para 15%, um dado altamente relevante”, comenta Freitas.
Além de reduzir a fitotoxicidade, o bioestimulante Abyss® também amplia a capacidade fotossintética do arroz. “Sua formulação inclui micronutrientes e extratos de algas marinhas, o que potencializa processos bioquímicos em todas as fases da cultura. Isso resulta em maior tolerância a estresses, melhor absorção de nutrientes e desenvolvimento de grãos”, destaca Freitas.
Quanto ao herbicida Sirtaki® 360 CS, os ensaios das duas safras mostraram quase 100% de eficácia contra invasoras complexas do arroz. Descrito como um graminicida sistêmico, seletivo e pré-emergente, à base de clomazone, o Sirtaki® inaugura uma nova era na formulação encapsulada, com microcápsulas menores que não têm sua ação interrompida pela chuva, podendo até ser ativadas por ela.
Controle de Doenças no Arroz
O estudo também trouxe à tona indicadores relevantes de controle de doenças associados ao fungicida foliar Vitene®, do portfólio da Sipcam Nichino. De acordo com José de Freitas, o Vitene® demonstrou mais de 87% de eficácia no controle de manchas foliares, com severidade da doença superior a 10%. No manejo preventivo da brusone, o produto também apresentou mais de 80% de eficácia, frente a taxas de severidade de cerca de 10%.
Para complementar o tratamento de sementes, o fungicida Torino® também faz parte do portfólio da companhia, oferecendo uma alternativa eficaz para os produtores.
Fonte: portaldoagronegocio