No início de maio, entrou em vigor uma nova resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que simplifica as normas para operação de drones no agronegócio. Além de tornar a operação mais fácil e segura, a medida traz novidades em relação à operação noturna. Ou seja, drones com luzes de navegação e de iluminação poderão ser operados durante a noite, desde que o piloto esteja habilitado para operações noturnas.
Em primeiro lugar, algumas regras precisam ser seguidas e são muito pertinentes. Como, por exemplo, ter 18 anos, no mínimo, para pilotar, realizar voos a uma altura máxima de 120 metros, longe de multidões, de áreas de segurança e de aeroportos.
Tecnologia
“A resolução é um grande avanço para o mercado de drones no Brasil. E vai popularizar o uso desta tecnologia. Veremos um avanço simultâneo do uso de parâmetros de Inteligência Artificial (IA) para garantir a segurança da safra no campo e na indústria. Pois a IA coleta dados que podem auxiliar na produtividade, eficiência, manutenção proativa de ativos de valor, contagem de material armazenado. E, ainda, garantir a segurança dos funcionários. Em especial na indústria de processamento de commodities”, afirma Eduardo Vargas, Business Development Manager para o Brasil da Graymatics.
Commodities
De acordo com o especialista, a área de commodities, poderia se beneficiar com o uso de IA.
No caso da soja, por exemplo, a industrialização tem gerado uma renda bem acima do resultado da comercialização da soja não processada. Porém, a indústria não está acompanhando o crescimento da produção no campo.
Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), divulgados neste mês, a evolução da produção de soja tem um ritmo maior do que o do processamento da oleaginosa.
Inteligência artificial
“Se a indústria de processamento da soja adotar soluções de IA, terá maior capacidade de escalar, automatizar processos e melhorar eficiência de setores estratégicos. Além disso, certamente irá melhorar a segurança contra acidentes de trabalho. O que é de enorme importância, considerando que o agronegócio emprega atualmente quase 20 milhões de brasileiros”, enfatiza Vargas.
Dessa forma, o especialista defende que o agronegócio sabe que já temos tecnologia para mudar este cenário.
“Com IA, é muito mais simples garantir a segurança de todos os colaboradores. Seja dentro da fábrica ou no campo, por meio de câmeras CCTV ou câmeras de drones. A começar pelo uso adequado de equipamentos de proteção (EPIs) por parte de funcionários e análise de risco de equipamentos e estruturas. Ou das sacas mal empilhadas, defeitos em áreas de uso, entre outros. A IA pode ser parametrizada de tal forma que, ao identificar um perigo, a solução emite alerta de emergência, desliga equipamentos, aciona sprinklers para apagar incêndios e muito mais”, declara Vargas.
Drones no agronegócio
Em suma, o uso de drones no agronegócio permite inspeções mais seguras e precisas em áreas de difícil acesso – muitas vezes salvando vidas.
Além disso, já existem drones com planos de voos pré-configurados, o que faz com que qualquer funcionário possa monitorá-lo sem ter que ser um especialista em voos de drones.
Soluções inteligentes, pois, também melhoram a segurança contra furtos, roubos e invasões. Por fim, geram insights e dados de comportamento do funcionário, da safra, do clima.
Como resultado, auxiliam a resolver problemas de logística e colaboram ativamente na prevenção de acidentes de trabalho.
Fonte: portaldoagronegocio