O agronegócio brasileiro enfrenta uma retração de 1,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor em 2024, segundo o Boletim Macrofiscal divulgado pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda nesta segunda-feira (18/11). Apesar do resultado negativo, a estimativa representa uma leve melhora em relação à projeção anterior, que indicava uma queda de 1,9%.
O desempenho reflete, sobretudo, o impacto de condições climáticas adversas e de pragas em três culturas-chave: cana-de-açúcar, café e laranja. Essas dificuldades afetaram diretamente a produtividade e contribuíram para o desempenho abaixo do esperado no setor.
Principais fatores que puxaram a retração
A cana-de-açúcar foi uma das culturas mais prejudicadas, com a produção afetada por uma prolongada seca que comprometeu a produtividade dos canaviais. Além disso, queimadas recentes destruíram áreas significativas de cultivo, agravando ainda mais a situação.
No caso do café, extremos climáticos, como chuvas irregulares e temperaturas atípicas, afetaram o desenvolvimento das safras. Já a laranja enfrenta, além do impacto do clima, a disseminação do greening, doença que continua se espalhando pelos pomares do país, comprometendo a qualidade e o volume da produção.
Cenário geral
Embora o desempenho do agronegócio em 2024 esteja abaixo das expectativas, o setor ainda demonstra resiliência ao reduzir a intensidade da queda projetada inicialmente. A recuperação plena, no entanto, dependerá de condições climáticas mais favoráveis e de avanços no controle de pragas como o greening.
O relatório do Ministério da Fazenda destaca a importância de monitorar e mitigar os efeitos desses desafios para garantir a retomada do crescimento em um dos setores mais estratégicos para a economia brasileira.
Fonte: portaldoagronegocio