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Agronegócio

Como o Acordo Mercosul-União Europeia impulsiona o agronegócio em Minas Gerais

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Diego Vargas

O agronegócio de Minas Gerais será diretamente beneficiado pelo acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado nesta sexta-feira (6/12). O bloco europeu, composto por 27 países, é o segundo maior mercado para os produtos agropecuários mineiros, ficando atrás apenas da China. Entre janeiro e novembro de 2024, o estado exportou para a União Europeia o equivalente a US$ 4,1 bilhões, superando o total registrado em 2023, que foi de US$ 3,1 bilhões. No mesmo período, foram embarcadas 1,5 milhão de toneladas de produtos, contra 1,4 milhão no ano anterior.

O café lidera com ampla vantagem, respondendo por 90% do valor exportado, somando US$ 3,7 bilhões. Outros produtos de destaque foram a celulose, com US$ 257 milhões (6%), o farelo de soja, com US$ 107 milhões (3%), e a carne bovina, que alcançou US$ 22 milhões (1%).

Benefícios do Acordo e Sustentabilidade

O Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, destacou que o acordo traz importantes benefícios para os produtores mineiros. “Estão previstas a isenção de tarifas para 82% das importações agrícolas do Mercosul e a eliminação de tarifas para outros produtos. Além disso, o combate ao desmatamento e a redução das emissões de gases de efeito estufa são enfatizados no acordo. Nesse contexto, a Plataforma SeloVerde MG garante que as commodities agrícolas mineiras sejam exportadas com a declaração de que foram produzidas em áreas consolidadas e livres de desmatamento. Estamos otimistas com os ganhos para o agronegócio mineiro”, afirmou o secretário.

O Mercosul e a União Europeia juntos representam um mercado de 720 milhões de pessoas e um PIB combinado de aproximadamente US$ 22 trilhões.

Outros Pontos do Acordo

O tratado assegura preferência para os exportadores de carnes bovina, suína e de aves, além de produtos como açúcar, etanol, arroz, ovos e mel. No entanto, itens como carne bovina, de aves, suína, arroz e mel estarão sujeitos a cotas tarifárias.

Além disso, os padrões de segurança alimentar e saúde animal da União Europeia permanecerão inalterados, permitindo que o bloco continue restringindo produtos que não atendam aos seus requisitos.

Outro destaque é a proteção de produtos com Indicação Geográfica (IG), reconhecendo itens típicos dos países signatários e garantindo que não sejam imitados. Entre os produtos brasileiros com IG que serão protegidos estão a cachaça e o queijo Canastra, que ganham maior segurança para comercialização no mercado europeu.

Fonte: portaldoagronegocio

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