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Agronegócio

Como combater o furto e roubo de gado: a urgência de ações no Brasil

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A pecuária de corte no Brasil enfrenta um desafio alarmante: o furto e roubo de gado nas propriedades rurais. De acordo com Guilherme Viana, gerente de negócios da Belgo Arames, a localização remota das fazendas, distantes dos centros urbanos e com vastas extensões de terra, facilita a ação de criminosos que buscam brechas na segurança para invadir e acessar os bens. “O gado é altamente valorizado no mercado, o que atrai a atenção dos ladrões”, ressalta.

Os registros esses crimes são imprecisos, mas Viana aponta que eles ocorrem em todos os estados, com milhares de casos relatados anualmente. “Os animais envolvidos podem chegar às dezenas de milhares a cada ano, mesmo sem uma consolidação precisa dos dados.” Os criminosos utilizam diferentes táticas, como se passarem por funcionários para ganhar a confiança dos proprietários ou agindo como parte de grupos especializados, que conseguem transportar os animais rapidamente.

Em resposta a essa situação, as autoridades estão se mobilizando e criando divisões especializadas na repressão aos crimes rurais. No Rio Grande do Sul, por exemplo, foi instituída a Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato, além da delegacia online Agrodol. “Como estipulado na Constituição Federal, a segurança pública é um dever do Estado e responsabilidade de todos. Por isso, os pecuaristas também devem implementar medidas de proteção para preservar seu patrimônio e evitar prejuízos”, enfatiza Viana.

Para reforçar a segurança de suas propriedades e rebanhos, o gerente da Belgo recomenda que os pecuaristas adotem algumas práticas, como a criação de grupos de comunicação com vizinhos para ficarem atentos a movimentações suspeitas e o fortalecimento do cercamento da propriedade com arame liso, arame farpado ou cercas elétricas. Essas medidas não apenas impedem a entrada de criminosos, mas também garantem que o gado não escape.

Outra solução eficaz é a implementação de tecnologias inovadoras para monitoramento do gado. A startup Instabov, por exemplo, desenvolveu um colar com GPS que, ao ser colocado nos animais, capta e envia dados para antenas instaladas na propriedade rural, permitindo aos pecuaristas acessar informações detalhadas sobre a localização e o comportamento do rebanho. “Por meio do aplicativo da Instabov, disponível para smartphones, os dados são atualizados a cada 10 minutos, gerando alertas em tempo real”, explica Viana.

Com essas informações precisas, os produtores podem tomar decisões rápidas e assertivas para proteger seu negócio, seja para localizar animais perdidos, furtados ou roubados, ou para acionar as autoridades policiais em situações de risco, que podem até comprometer a segurança de pessoas. “Temos exemplos do impacto positivo dessa tecnologia não apenas na melhoria do manejo do gado, mas também na elevação da segurança no campo”, conclui o gerente da Belgo Arames.

Fonte: portaldoagronegocio

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