As vendas no varejo apresentaram um crescimento de 1,2% em agosto em comparação a julho, já descontada a inflação. O desempenho foi impulsionado, principalmente, pelo setor de produtos alimentícios, conforme divulgado nesta quarta-feira pela empresa de meios de pagamento StoneCo.
De acordo com o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que analisa as transações realizadas pelos comerciantes credenciados à plataforma da empresa, houve também um avanço de 2,5% nas vendas em relação ao mesmo período de 2023. Esta alta de agosto marcou o terceiro crescimento mensal do indicador nos últimos quatro meses, com destaque para as categorias de hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo, que registraram elevação de 5,1%.
Apesar dos números positivos, o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, reforça a cautela. “Embora os resultados sejam animadores, a volatilidade do setor de Produtos Alimentícios, responsável por boa parte da alta, ainda dificulta uma previsão sólida para o restante do ano”, afirmou Calvelli em comunicado.
A metodologia do índice segue o modelo proposto pelo grupo Consumer Finance do Federal Reserve (Fed), considerando operações realizadas por cartões, vouchers e pix nos 3,7 milhões de estabelecimentos comerciais credenciados à StoneCo no Brasil.
No entanto, nem todos os segmentos econômicos apresentaram crescimento. Houve retração nas vendas de material de construção (-1,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) e móveis e eletrodomésticos (-0,3%) em agosto, em comparação com o mês anterior.
Regionalmente, 20 estados registraram alta nas vendas no varejo em agosto de 2024, com destaque para Roraima (12,5%), Amazonas (8,0%), Rio Grande do Sul (6,6%), Maranhão (5,9%), Amapá e Pernambuco (5,0%). O Estado de São Paulo, maior mercado consumidor do país, obteve um crescimento de 1,3%.
Por outro lado, alguns estados registraram queda nas vendas em comparação ao mesmo período, como Rondônia (-9,8%), Rio de Janeiro (-1,5%), Mato Grosso (-1,1%), Acre (-0,6%), Tocantins e Mato Grosso do Sul (-0,4%) e Ceará (-0,3%). O Distrito Federal também registrou queda de 1,2%, segundo o levantamento da Stone.
Fonte: portaldoagronegocio