O retorno das chuvas em importantes áreas canavieiras do Centro-Sul do Brasil tem impactado diretamente as cotações do açúcar nas bolsas internacionais, conforme relataram analistas consultados pela Reuters. Com algumas usinas já se preparando para encerrar a atual safra, o aumento das chuvas pode retardar a colheita, gerando pressões sobre o fluxo de caixa de muitas empresas.
Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto atingiu, ontem, a mínima de três semanas, mas encerrou o dia no vencimento março/25 cotado a 22,04 centavos de dólar por libra-peso, o que representou um recuo de 45 pontos, ou 2%, em relação ao pregão anterior. O contrato para maio/25 também sofreu queda de 45 pontos, sendo negociado a 20,49 centavos de dólar por libra-peso. Os demais contratos caíram entre 22 e 42 pontos.
De acordo com a consultoria Archer Consulting, “as usinas brasileiras já realizaram hedge de 38,5% das exportações de açúcar previstas para a temporada 2025/26”.
Londres
Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também apresentou queda. O contrato para dezembro/24 foi negociado a US$ 563,90 por tonelada, uma redução de 11,20 dólares em comparação ao dia anterior. Já o vencimento março/25 registrou recuo de 10,60 dólares, sendo comercializado a US$ 569,80 por tonelada. Outros contratos tiveram queda entre 7,10 e 10,20 dólares.
Mercado interno
No mercado doméstico, o açúcar cristal seguiu em baixa pelo terceiro dia consecutivo, conforme o Indicador Cepea/Esalq, da USP. Na quarta-feira, a saca de 50 quilos foi negociada a R$ 146,20 pelas usinas, uma queda de 0,42% em relação ao valor de R$ 146,82 registrado na terça-feira.
Etanol hidratado
Por outro lado, o etanol hidratado manteve alta pelo quinto dia consecutivo, conforme o Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.635,00 por metro cúbico, representando uma valorização de 1,04% em relação aos R$ 2.608,00 do dia anterior.
Fonte: portaldoagronegocio
