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Agronegócio

Como a tecnologia impulsionou Goiás para a vice-liderança na produção de cana-de-açúcar

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A produção de cana-de-açúcar em Goiás deve chegar a 71,1 milhões de toneladas na safra 2022/23, um ligeiro de 0,8% em relação ao ciclo anterior, segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O do Centro- se consolida como segundo maior nacional da cultura, atrás apenas de São Paulo.

A estimativa de produção total no País é de 598,3 milhões de toneladas. Os dados fazem parte do 3º Levantamento da Safra 2022/23 de Cana-de-Açúcar e também mostram que nem mesmo a redução de 1% na área plantada (de 962,9 mil hectares na safra 2021/22 para 952 mil hectares na safra atual) prejudicou a produção. Isso porque a produtividade da cana goiana cresceu 2%, indo de 73,24 toneladas por hectare para 74,67 toneladas por hectare na safra em andamento.

Contribuem para o resultado a proibição de corte manual e da queima da cana no Centro-Oeste, somada à tecnológica na plantação do estado, cada vez mais mecanizada. Segundo a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), 67% das propriedades rurais no País já adotaram algum tipo de inovação tecnológica.

Segundo o coordenador comercial para negócios de cana de açúcar da Pivot Máquinas e Sistemas, Hosano Nascimento, o avanço das novas tecnologias ocorreu em várias lavouras. Só no ano passado, as vendas de máquinas agrícolas totalizaram 67.385 unidades em todo o Brasil, um crescimento de 19,4% sobre 2021, de acordo com dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Houve um avanço generalizado, mas nas lavouras de cana do Centro-Oeste foi maior”, disse.

De acordo com Nascimento, a Pivot já vinha percebendo que haveria um boom de cana-de-açúcar em Goiás, mas não tinha nem equipe para atender. “Nossa empresa é líder em grãos e queremos ser também na cana”, afirmou o executivo, sem fazer comparações de crescimento por ainda não ter um histórico anterior. As máquinas vendidas pela Pivot podem ser operadas pela ência Artificial, que dá todos os dados de da . “Hoje, com os equipamentos, além de otimizar tempo, conseguimos economizar de 70 a 80 homens no canavial, acabando com a necessidade do corte manual”, afirmou.

Outro importante ganho citado por ele é que as máquinas modernas proporcionam um aproveitamento melhor das janelas de safra. “Cada máquina consegue em média colher 800 mil toneladas por dia, com uma economia de 10% a 15% no combustível. Além disso, conseguimos ter uma eficiência no corte da base da cana em 30% a 40% a mais do que as demais máquinas”, disse Nascimento.

De acordo com o produtor de cana-de-açúcar Alair Vaz, de Cristalina, em Goiás, a tecnologia tem ajudado bastante. “Desde que passamos a usar máquinas de última geração os resultados têm sido bastante positivos, tanto na produtividade, que aumentamos em 25%, quanto na qualidade do produto”, afirmou o produtor, citando também a economia de combustível.

Fonte: portaldoagronegocio

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