Os prejuízos provocados por extremos climáticos vêm crescendo desde 2020 e bateram recorde no ano passado.
No total, agricultores e pecuaristas perderam R$ 85 bilhões de sua produção em 2022, um salto de 90% em relação a 2021.
O levantamento foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que consolidou dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (S2ID/Midr), no qual os municípios registram os prejuízos na produção rural.
O fenômeno climático que mais gerou perdas no campo foi a seca, que responde por 87% dos prejuízos nos últimos 10 anos. Dentre os setores, a agricultura foi a mais impactada, com 65% do total dos danos.
Por região, Nordeste e Sul lideram as perdas, com 36% e 33% do total de perdas no período, respectivamente.
Por causa desses extremos climáticos, os municípios chegaram a registrar 14.635 decretos de situação de emergência ou calamidade pública, nos últimos 10 anos.
Prejuízos da seca
Em relação aos danos causados pela falta de água na agricultura:
- 90% das perdas estão concentradas no Nordeste, Sudeste e Sul;
- o Rio Grande do Sul foi o estado mais prejudicado, com danos estimados em R$ 38,5 bilhões, que representa 21% do total;
- Em seguida, estão o Paraná (R$ 26,3 bilhões) e Minas Gerais com (R$ 24,8 bilhões).
Na pecuária:
- a seca concentrou 56% de suas perdas no Nordeste, puxadas pela Bahia (R$ 14,73 bilhões).
Perdas por chuvas
Já em relação aos danos causados pelo excesso de chuvas na agricultura:
- 70% do prejuízo se concentrou no Centro-Oeste e Sul, puxado por Mato Grosso (R$ 9,74 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 6,04 bilhões).
Na pecuária:
- as chuvas afetaram principalmente os municípios de Minas Gerais (R$ 1,5 bilhões) e Mato Grosso do Sul (R$ 1,3 bilhões).
Fonte: portaldoagronegocio