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Agronegócio

Como a Nova Legislação do Agronegócio Beneficia Pequenos e Médios Produtores com Incentivos Financeiros

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A crescente busca por alternativas sustentáveis no agronegócio brasileiro tem gerado novas formas de geração de renda, com destaque para a rentabilização de áreas de preservação ambiental. O modelo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) surge como uma solução promissora, permitindo que proprietários rurais, independentemente do porte, monetizem suas áreas preservadas, ao mesmo tempo em que contribuem para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Esse mecanismo tem beneficiado diversos proprietários rurais que transformaram suas áreas de preservação em ativos econômicos valiosos.

Ivan Pinheiro, CEO da RDG Eco Finance, empresa especializada em projetos de PSA, destaca que o momento é favorável para que pequenos e médios produtores também colham os frutos de suas ações em prol do meio ambiente. “Assim como os grandes proprietários têm sido beneficiados por créditos de carbono, os pequenos e médios produtores agora têm a oportunidade de participar de projetos de PSA, voltados para a quantificação de carbono nas florestas nativas que são obrigados a preservar, gerando retorno financeiro para eles”, explica Pinheiro.

Os retornos financeiros podem ser expressivos. Em um projeto de PSA realizado pela RDG Finance, por exemplo, um produtor com 100 hectares de área de reserva no Amazonas pode obter um retorno de até R$ 4 milhões. Pinheiro aponta que esses recursos têm sido reinvestidos em melhorias nas propriedades, como a instalação de painéis solares, aquisição de tratores e máquinas, além da automação de processos, o que tem permitido aos pequenos produtores reduzir custos e expandir seus negócios.

A Lei PSA, sancionada em 2021, representa um avanço nas políticas ambientais do Brasil e reflete o esforço do governo para alinhar o agronegócio nacional com as exigências ambientais e sociais. “Essas iniciativas não só fortalecem o agronegócio, mas colocam o Brasil em uma posição estratégica no mercado internacional, atendendo às crescentes demandas por práticas sustentáveis”, afirma Pinheiro.

Além disso, a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CPR Verde), registrados na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), tem se mostrado uma ferramenta importante para financiar práticas sustentáveis no setor agropecuário, como a conservação e o reflorestamento. Pinheiro ressalta que “a CPR Verde permite que pequenos e médios produtores rurais acessem recursos para investir em práticas sustentáveis e no aprimoramento de suas propriedades, integrando o agronegócio brasileiro aos esforços globais de mitigação das mudanças climáticas”.

Fonte: portaldoagronegocio

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