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Com óculos de realidade virtual, trabalhadores aprendem como operar maquinários agrícolas
A aplicação da inteligência artificial (IA) no agronegócio está promovendo uma verdadeira revolução, melhorando a eficiência e a produtividade das lavouras. Entre as inovações destacam-se a realidade virtual (VR) e suas aplicações tanto na capacitação de operadores de máquinas agrícolas quanto na experiência de compra dos clientes.
Um exemplo pioneiro no Brasil é o projeto Áster Land, desenvolvido pela Áster Máquinas, concessionária John Deere em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esta plataforma digital recria a loja física da concessionária no metaverso, permitindo que os usuários interajam com os diversos setores da empresa por meio da realidade virtual. “Nosso objetivo é aproximar a população da empresa, oferecendo um acesso imersivo ao nosso dia a dia, às peças e aos equipamentos disponíveis, promovendo uma interação mais rica com a realidade do campo e com a alta tecnologia envolvida”, afirma Evanildo Silva, head de projetos em inovação da Áster Máquinas.
Além de enriquecer a jornada de compra, a realidade virtual é utilizada para treinamentos. Os operadores de máquinas agrícolas podem aprender a operar os equipamentos de forma segura e eficiente antes de utilizá-los fisicamente. “A VR nos permite atingir um número maior de pessoas e proporcionar uma curva de aprendizado mais rápida e eficaz”, destaca Silva.
Um dos casos de sucesso é o treinamento para operação de colheitadeiras de grãos, que não só reduz os riscos de acidentes, mas também acelera o aprendizado e melhora a eficiência da colheita. A simulação permite aos operadores familiarizarem-se com todas as funções da máquina e operá-la com precisão. Cuidados preventivos relacionados à manutenção também são abordados, evitando a necessidade de deslocamento a centros de treinamento. Michel Rodrigues, head de tecnologia em inovação, enfatiza: “O objetivo é maximizar o uso do equipamento sem que o operador precise sair de onde está”.
Em resposta à crescente demanda, o time de inovação da Áster Máquinas, em colaboração com a empresa Imerso, está desenvolvendo um simulador de colheitadeira de algodão. Este novo recurso incluirá a simulação completa de uma máquina Cotton Picker CP690, abordando itens de segurança, familiarização com a cabine e a operação da colheita de algodão. “O simulador proporciona um ambiente seguro e controlado para o aprendizado, com custos reduzidos em comparação com o deslocamento para treinamentos presenciais”, explica Antônio Schneider, CEO da Imerso.
Essas inovações estão promovendo um agronegócio mais seguro e produtivo, destacam os especialistas. “Embora a tecnologia exija um investimento significativo, quando a inovação é integrada aos valores e ao propósito da empresa, como ocorre na Áster Máquinas, os resultados são sempre positivos”, conclui Evanildo Silva.
Fonte: portaldoagronegocio