Sophia @princesinhamt
Agronegócio

Comitiva do Vale do Caí pede mais fiscais para evitar a entrada do greening

2024 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Uma comitiva do Vale do Caí formada por 15 representantes da citricultura esteve em Porto Alegre para entregar uma carta ao secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes. Elaborado pela Câmara de Citricultura do Vale do Caí, o documento solicita que o Estado intensifique as ações de fiscalização para evitar a entrada do greening no Rio Grande do Sul.

A carta alerta que a entrada da doença no Estado inviabilizará os cultivos comerciais de citros devido às características de produção em pequenas propriedades e com baixo poder de investimentos. Para melhorar a atuação da fiscalização, a Câmara de Citricultura do Vale do Caí sugere, entre outras medidas, a contratação de mais fiscais para atuar na área e possibilitar cobertura por 24 horas por dia nos postos de divisa, já que o greening é uma praga com potencial catastrófico para a citricultura da região.

Os representantes do setor também solicitam que seja intensificada a fiscalização das cargas de frutas cítricas vindas dos estados com a presença da doença, para que não entrem no Rio Grande do Sul sem passar pelo processo de beneficiamento no estado de origem. “É um risco muito grave. A fiscalização está trabalhando muito”, disse o extensionista da Emater, Marcos Schafer, integrante da comitiva que participou da reunião. Segundo o técnico, Feltes se comprometeu a buscar caminhos.

O que preocupa os fiscais estaduais agropecuários é o potencial de dano da praga, que pode ter impactos econômicos e sociais na vida das famílias que trabalham com a produção de citros. No Rio Grande do Sul, são cerca de 10 mil citricultores. As principais regiões produtoras são o Vale do Caí, Erechim, Alto Uruguai e Campanha.

O greening é uma doença que não tem cura, somente medidas curativas que não são eficazes e que aumentam muito o custo com agrotóxico, mão de obra, retirada de pomares e replantio. Em 2003, antes de São Paulo registrar os primeiros casos de greening, o estado tinha 26 mil produtores de citros. Atualmente, restam apenas 3 mil citricultores. Apesar do nível tecnológico ser alto em São Paulo, somente 11,5% permaneceu na atividade.

São Paulo foi o primeiro estado do Brasil a registrar o greening. Depois, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul também confirmaram a existência da doença. Mais recentemente, foi a vez de Santa Catarina, em 2022, e há poucos dias foi confirmado o primeiro caso no Uruguai. “Estamos em uma ilha, tentando evitar ao máximo a entrada da doença no Estado”, alerta o fiscal estadual agropecuário Rui Eduardo Grillo Ragagnin, da inspetoria de defesa agropecuária de Montenegro.

A carta foi assinada pela Câmara Regional de Citricultura do Vale do Caí e pelo prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta, presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (AMVARC). O documento foi ratificado por todos os prefeitos da região.

Fonte: portaldoagronegocio

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.