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Agronegócio

CNA/CEPEA: PIB do boi, frango e ovo aumentou no 1º semestre, mas o do suíno recuou mais de 25%

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CNA/CEPEA: PIB do boi, frango e ovo aumentou no 1º semestre, mas o do suíno recuou mais de 25%

Projeções resultantes de parceria entre Cepea/Esalq/USP e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indicam que no 1º semestre de 2022 o Produto Interno Bruto (PIB) do suíno ao nível do produtor recuou 26,37%. Boi, frango e ovos tiveram desempenho positivo, mas o aumento no PIB do boi foi mínimo, de 2,9%. O do ovo foi um pouco melhor, de 5,26%. Já o frango teve seu PIB aumentado em mais de dois dígitos: 12,55%.

A seguir, as palavras da CNA acerca do desempenho desses quatro setores da produção animal.

BOVINOCULTURA PARA CORTE

A projeção indica crescimento de 2,9% do faturamento anual da atividade, em função do avanço de 2,43% da produção anual esperada e da ligeira alta de 0,45% dos preços reais, na comparação entre períodos iguais. Comparativamente ao trimestre imediatamente anterior, os preços da arroba do boi gordo caíram, pressionados pela demanda doméstica pela carne bovina enfraquecida e pela elevação da oferta de animais para abate. Contudo, quando comparado o primeiro semestre de 2022 frente ao de 2021, a média de preços da arroba está superior, o que se atribui, principalmente, ao ritmo de exportações.

AVICULTURA PARA CORTE

A projeção indica crescimento anual de 12,55% do faturamento, resultante da alta de 10,89% dos preços reais, na comparação entre semestres iguais, e aumento esperado de 1,5% da produção anual. A alta dos preços reflete o aquecimento das demandas interna e externa. No primeiro caso, devido ao ganho de competitividade da carne de frango frente às concorrentes diante da perda do poder de compra da população; no segundo, em virtude da queda da oferta mundial da proteína – da Ucrânia, como resultado do conflito bélico, e de países do Hemisfério Norte, onde foram registrados casos de influenza aviária.

AVICULTURA DE POSTURA

Projeta-se, também, crescimento do faturamento anual (5,26%), devido à alta dos preços reais (5,84%), na comparação entre períodos iguais. Para a produção anual, por sua vez, é esperada queda (-0,55%). Segundo a equipe Frango/Cepea, esse resultado se deve à diminuição da produção e ao crescimento da demanda doméstica, em função dos preços mais baratos desta proteína, o que se reflete no aumento da liquidez deste mercado frente às proteínas cárneas.

SUÍNO PARA CORTE

A projeção indica recuo importante do faturamento anual da atividade (-26,37%), em decorrência da queda observada para os preços reais do animal vivo (-24,37%), na comparação entre semestres, e da redução esperada para a oferta anual (-2,65%). De acordo com a equipe Suíno/Cepea, apesar de se observar um movimento de recuperação dos preços no segundo trimestre deste ano em relação ao imediatamente anterior, como resposta à redução da oferta de animais em peso ideal para abate e o aquecimento da demanda doméstica, quando se compara a média anual com a observada no mesmo período de 2021, houve redução importante do preço. Esta queda se deveu, principalmente, ao enfraquecimento das vendas no mercado doméstico e no front externo – este último, como resultado da retomada da produção do rebanho chinês após enfrentamento da Peste Suína Africana nos últimos três anos.

O estudo se estende também ao PIB na indústria de abate e preparação de carnes e pescado. As projeções levantadas indicam ligeiro aumento de 0,23% no faturamento anual, o que resulta do aumento de 1,92% da produção anual esperada, pois os preços reais, na comparação entre semestres iguais, recuaram 1,71%.

O desempenho da indústria reflete o comportamento observado para as atividades de bovinocultura, avicultura e suinocultura. A demanda doméstica enfraquecida pelas carnes bovinas e suínas se dão pelo baixo poder de compra da população e pelos altos patamares de preços das proteínas.

No caso da carne bovina, os frigoríficos que atendem à demanda internacional seguem focados nesse canal de escoamento, haja vista a demanda externa aquecida e os altos patamares dos preços internacionais e da taxa de câmbio. De acordo com a equipe Boi/Cepea, o volume de exportação e a receita arrecadada no primeiro semestre de 2022 registraram recordes para o período. Para o caso da suinocultura, no entanto, os preços recuaram expressivamente no período, conforme mencionado anteriormente, frente à retomada da produção chinesa. Quanto à carne de frango, segundo a equipe Frango/Cepea, os preços tiveram alta importante no semestre, em comparação ao mesmo período de 2021, devido ao desempenho recorde das exportações brasileiras de carne avícola.

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