Foto:
Gláucia Duarte produtora de café em Paula Cândido
A trajetória do café cultivado no Sítio Fonseca, em Paula Cândido, tomou novos rumos com a iniciativa de Gláucia Duarte, que, ao lado do marido Alexandre, decidiu investir na cafeicultura. Atuando em todas as etapas, desde a lavoura até a comercialização, Gláucia implementou, em 2024, um inovador clube de compras por assinatura.
Os apaixonados por café têm a oportunidade de receber em suas casas, durante seis meses, uma caixa contendo dois pacotes de café: o especial Fons, que apresenta notas de chocolate e caramelo, e um microlote distinto a cada mês. “Os apreciadores de café podem explorar e experimentar novas características sensoriais dos lotes exclusivos do nosso sítio”, destacou Gláucia.
A ideia para o clube surgiu a partir da experiência pessoal de Gláucia como assinante de um clube de vinhos, que a inspirou a oferecer uma comodidade similar aos seus clientes, dando origem ao Fons Café Prime. “A assinatura também assegura uma renda mensal, especialmente durante os períodos em que o mercado está menos aquecido”, acrescentou.
A novidade conquistou o público, e, já em seu lançamento, o clube contou com 19 membros provenientes de Minas Gerais e do Espírito Santo. As vendas são realizadas pela internet, e a produtora revelou que o retorno tem sido bastante positivo. “As pessoas estão muito satisfeitas. Junto aos cafés, elas recebem informações detalhadas sobre o produto, o processo de produção, suas características sensoriais e rastreabilidade”, comentou.
Uma Nova Perspectiva para a Cafeicultura com ATeG Café+Forte
O novo olhar sobre a cafeicultura e o mercado de cafés especiais resulta da participação da família de Gláucia no programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+Forte do Sistema Faemg Senar. Gláucia ressalta que a orientação recebida foi crucial para a estruturação de seu negócio e de sua marca. “A diferença entre o sítio e a família antes e depois do ATeG é notável. Atualmente, trabalhamos com planejamento, e os resultados são visíveis após quatro anos”, observou.
O técnico de campo Laio Almeida enfatiza que a gestão cuidadosa foi fundamental para o progresso da propriedade. Para ele, o trabalho realizado pelo casal serve como um modelo de como organização e planejamento podem transformar uma propriedade rural. Gláucia é responsável pela gestão, enquanto Alexandre, que herdou experiência de seu pai, cuida das questões operacionais. “A gestão nos orienta e nos ajuda a entender o processo, indicando onde devemos investir e onde podemos economizar”, afirmou.
“A dedicação de cada um trouxe um novo ânimo e ampliou o potencial da propriedade, especialmente com os investimentos em cafés especiais”, destacou o técnico. Para aprimorar seus conhecimentos, Gláucia participou de cursos sobre Pós-colheita, Poda de café, Classificação e Degustação de Café, Torra, além de gestão, oferecidos pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Paula Cândido. “Os cursos do Sistema Faemg Senar foram a base para eu compreender a cafeicultura”, afirmou.
Evolução Contínua
O técnico de campo do ATeG afirma que a propriedade está em plena expansão, e a produtividade, que já alcançou 700 sacas, tem grande potencial de crescimento, considerando o planejamento e a dedicação dos produtores. Sobre o clube de assinaturas, Laio acredita que “é uma oportunidade de mostrar o produto, fidelizar clientes e garantir uma fonte de renda significativa para a família. É uma alternativa muito promissora”.
Fonte: portaldoagronegocio