Os produtores de cana-de-açúcar sentiram os impactos do clima perto do fim da colheita. Muitos precisaram se reinventar para terminar a safra.
Renato Feltre, produtor de cana-de-açúcar no município de Mineiros do Tietê (SP), conta que teve uma boa safra no início da colheita, mas as mudanças no clima acabaram prejudicando, o que fez a produção ser 20% menor.
Mesmo seguindo todos os requisitos da cartilha para ter bons resultados, o produtor ainda depende de chuvas regulares desde o plantio à colheita da cana-de-açúcar. Para tentar minimizar as consequências da falta de chuva, os produtores vêm adotando algumas estratégias já pensando na safra seguinte.
Um dos métodos adotados por produtores é o consórcio de áreas, que é o plantio de milho e soja no período da entressafra, assim ajudando a manter a renda da área, além de recuperar e melhorar a qualidade do solo.
Do campo, a cana vai para a indústria, onde vira matéria prima para a produção de açúcar, etanol e bioeletricidade que é ofertada para o sistema interligado nacional.
A União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA), mapeia o andamento da safra e movimentações de mercado. Atualmente, a moagem no estado de São Paulo está igual à 2021, chegando a 300 milhões de toneladas de cana processada. Como ainda há colheitas no fim e 75 usinas a mais em operação no comparativo da safra anterior, a perspectiva é de uma produção maior no geral.
Fonte: portaldoagronegocio