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Agronegócio

China enfrenta desaceleração econômica em 2025 devido impacto das tarifas dos EUA

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O crescimento econômico da China deverá desacelerar para 4,5% em 2025 e cair ainda mais para 4,2% em 2026, conforme indica uma pesquisa da Reuters. A expectativa ocorre em meio à implementação de novas medidas de estímulo econômico pelas autoridades chinesas, voltadas para mitigar os efeitos negativos dos iminentes aumentos nas tarifas de importação pelos Estados Unidos.

De acordo com a mediana das previsões de 64 economistas consultados, o Produto Interno Bruto (PIB) da China terá registrado um crescimento de 4,9% em 2024, próximo à meta anual do governo de cerca de 5%. Esse desempenho foi sustentado por medidas de estímulo e pelo bom desempenho das exportações.

No entanto, a segunda maior economia do mundo enfrenta crescentes tensões comerciais com os EUA. O presidente eleito Donald Trump, que retorna à Casa Branca na próxima semana, tem prometido impor tarifas pesadas sobre produtos chineses, gerando incertezas para o comércio bilateral.

Impactos no crescimento e no setor imobiliário

Especialistas do UBS destacaram que “os possíveis aumentos das tarifas pelos EUA são o maior obstáculo para o crescimento da China este ano e podem impactar exportações, investimentos empresariais e consumo das famílias”. Além disso, prevê-se que o setor imobiliário continuará a sofrer retração em 2025, embora com efeitos mais brandos sobre o crescimento geral da economia.

A pesquisa também apontou que o PIB do quarto trimestre de 2024 terá crescido 5,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, acelerando frente aos 4,6% registrados no terceiro trimestre. No comparativo trimestral, o crescimento foi de 1,6% entre outubro e dezembro, contra 0,9% observado de julho a setembro, evidenciando o impacto positivo das medidas de apoio implementadas.

Expectativa por novos estímulos em 2025

Os dados oficiais do PIB do quarto trimestre e do ano completo de 2024, juntamente com as estatísticas de dezembro, serão divulgados pelo governo chinês na próxima quinta-feira. Enquanto isso, analistas preveem o anúncio de mais medidas de estímulo em 2025. Contudo, alertam que a abrangência e a intensidade dessas ações dependerão da velocidade e agressividade com que Trump implementar tarifas ou outras sanções comerciais.

Esses fatores adicionam um novo nível de complexidade às perspectivas econômicas da China, reforçando a necessidade de estratégias de adaptação diante de um cenário global cada vez mais desafiador.

Fonte: portaldoagronegocio

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