O Brasil acaba de ganhar seu primeiro portal dedicado à compra e venda de propriedades rurais. O Chaozão, que se pronuncia “chãozão”, foi desenvolvido para atender à carência de canais digitais voltados especificamente para o mercado de fazendas, sítios, chácaras, ranchos e haras. Inicialmente, a plataforma disponibiliza mais de 5 mil imóveis em todo o território nacional, variando de R$ 300 mil a R$ 5 bilhões.
Segundo Geórgia Oliveira, CEO do Chaozão, o objetivo é estabelecer o portal como referência no segmento de imóveis rurais. “Enquanto o mercado imobiliário tradicional conta com grandes plataformas e uma organização consolidada, o setor agropecuário nunca teve um player de destaque nesse sentido. Comprar uma casa é relativamente simples, mas adquirir ou arrendar uma propriedade rural é um desafio nas plataformas convencionais, que não são adaptadas a esse nicho”, explica.
Geórgia ressalta que o processo de compra de uma propriedade rural é bem diferente do de um imóvel urbano. Para adquirir uma casa, o foco está em características como número de quartos e tamanho em metros quadrados. Já na compra de uma fazenda, são considerados fatores como a aptidão da propriedade — se é para lavoura, pecuária ou floresta — e os tipos de cultivos, como arroz, soja ou milho. No Chaozão, essas informações são apresentadas de forma detalhada e organizada.
“Após anos atuando no mercado imobiliário, percebi a dificuldade em conectar compradores e vendedores, o que motivou a criação do Chaozão. O portal foi concebido como um ambiente tecnológico voltado especificamente para o agronegócio. Somos uma agrotech, não uma imobiliária, e permitimos que empresas, corretores e proprietários anunciantes encontrem propriedades com mais facilidade”, afirma.
Atualmente, se um cliente de São Paulo desejar comprar uma fazenda no Tocantins, a tarefa se torna complicada, muitas vezes exigindo contatos diretos na região. O Chaozão pretende simplificar esse processo. Geórgia também almeja que o portal se torne uma referência em estatísticas do mercado imobiliário rural. Ela observa que, embora o Brasil tenha cerca de 600 mil corretores, não há dados consolidados sobre quantos atuam especificamente nesse segmento.
“Por isso, planeamos trabalhar com dados estatísticos relevantes ao longo do tempo. Informações confiáveis são essenciais para o mercado financeiro, pois gestores e analistas dependem de referências sólidas ao avaliar ativos para a criação de fundos e outras operações financeiras”, explica.
Parcerias Estratégicas
A parceria com a Mil Fazendas foi anunciada em 21 de junho e representa um passo significativo para o Chaozão. A Mil Fazendas é a maior imobiliária do setor rural do país e possui mais de 3 mil imóveis cadastrados. “A Mil Fazendas entendeu e apoiou nossa proposta, o que nos honra. Sua parceria valida nossa visão e demonstra que estamos na direção certa”, afirma Geórgia.
Guilherme Veiga Jardim e Reneer Machado, sócios da Mil Fazendas, ressaltam a importância da digitalização no setor. “Temos experiência na comercialização de propriedades rurais, mas reconhecemos que o futuro é digital. O Chaozão é uma ferramenta bem estruturada que certamente facilitará nossas negociações”, comenta Jardim. Machado, conhecido como Brizolinha, acrescenta que está confiante de que o Chaozão rapidamente se tornará a referência para quem busca imóveis rurais.
Geórgia também revela que outras parcerias significativas foram firmadas recentemente, como com a Parnaíba Fazendas e GH Fazendas. Inicialmente, os principais clientes da plataforma serão os corretores de imóveis, que buscarão anunciar propriedades e atender os clientes compradores.
“Nosso objetivo é nos consolidar como o maior portal de anúncios de propriedades rurais do Brasil. Queremos que tanto clientes quanto corretores pensem no Chaozão ao procurar imóveis rurais. Pretendemos criar um ambiente tecnológico organizado, atualizado e confiável, que centralize todos os anúncios de imóveis rurais do país, gerando oportunidades reais de negócios para todos os envolvidos: vendedores, compradores e corretores”, conclui Geórgia.
Fonte: portaldoagronegocio