A utilização de diversas táticas de manejo visando o controle de doenças é uma realidade na cultura da soja e agrega diversos benefícios ao sistema produtivo, como associação entre ciclo da cultivar e data de semeadura, promovendo menor exposição das plantas à ferrugem, e aplicação de produtos de origem biológica na entressafra, visando redução de inóculo de patógenos radiculares.
Essa análise acima é do engenheiro agrônomo Ricardo Balardin, membro-fundador do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), mestre em Fitopatologia e PhD. em Plant Pathology pela Michigan State University.
Balardin acrescenta que, nesse contexto, há outros pontos a serem observados, como, por exemplo, o tratamento de sementes e os ativadores. “Há uma maior utilização da técnica de tratamento de sementes com misturas de produtos químicos e biológicos, visando não somente o controle de patógenos na semente, mas também a prevenção de ataque de nematoides já presentes no solo. Em relação aos ativadores, tenho observado maior utilização de ativadores de defesa e também para a performance fisiológica da planta”, destaca.
“De forma geral, podemos afirmar que o sojicultor está mais preocupado em realizar o manejo integrado de doenças, pois ele tem mais consciência das limitações das estratégias se utilizadas de forma isolada, principalmente os fungicidas cuja eficácia tem se mostrado progressivamente reduzida. A adoção de diversas estratégias de forma integrada é, então, uma excelente opção para aumentar a possibilidade de maior eficiência de controle”, acrescenta o membro-fundador do Comitê Estratégico Soja Brasil.
Alta produtividade – Balardin observa que há uma clara associação entre o manejo integrado de doenças e o aumento de produtividade. “Na medida em que as táticas multidisciplinares são adotadas, as atividades fisiológicas da planta acabam sendo mais eficientemente preservadas, garantido sua máxima performance produtiva. Na essência do controle, se não forem utilizadas múltiplas estratégias, não somente a produtividade não será privilegiada, mas a longevidade das táticas de controle será ainda mais comprometida”, pontua.
“Vale destacar, no entanto, que o aumento na utilização de novos produtos, não implica aumento de eficácia. Tem que haver aumento na compreensão de que a lavoura de alta performance tem que privilegiar o aumento na proteção das plantas submetidas a sistemas de máxima atividade fisiológica”, finaliza.
O CESB é composto por 19 membros e 26 entidades patrocinadoras: BASF, BAYER, syngenta, JACTO, Atto Sementes, Brasmax, Corteva, Eurochem FTO, Ferticel, ICL, Koppert, Massey Ferguson, Mosaic, Stara, Stoller, Sumitomo Chemical, Superbac, Timac Agro, TMF, Ubyfol, UPL, Yara, Yoorin, Elevagro, IBRA e Somar Serviços Agro.
As inscrições do 15º Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja vão até dia 31 de janeiro de 2023. Mais informações e Inscrições: www.cesbrasil.org.br e redes sociais oficiais do CESB.
Fonte: portaldoagronegocio