Como sugeriu o AviSite há pouco mais de um mês, quando as exportações de setembro ainda estavam em aberto, os embarques de frango inteiro e de cortes de frango reverteram a queda que vinha sendo registrada no ano e fecharam os nove primeiros meses de 2024 com aumento (ainda pequeno) no volume exportado.
Somam-se, assim, aos industrializados, que já vinham apresentando incremento em meses anteriores. Assim, o único dos quatro principais itens da carne de frango exportada que permanece com volume inferior ao de um ano atrás é a carne salgada. Aparentemente, sem chances de reversão, pois, faltando três meses para o fechamento do ano, seu volume permanece quase 11% aquém do registrado no mesmo período de 2023.
Para apenas se igualar ao que foi exportado no ano passado (perto de 160 mil toneladas), as exportações de carne salgada do corrente trimestre deveriam girar em torno de 52 mil toneladas – média de pouco mais de 17,3 mil toneladas mensais. Mas nos nove meses passados a média mensal embarcada não foi muito além das 12 mil toneladas.
De toda forma, o aumento de quase 1% na exportação de cortes (que respondem por, praticamente, três quartos do volume total embarcado) já assegura um resultado positivo nas exportações totais – por ora de meio por cento, mas apresentando tendência de alcançar índice mais significativo com os resultados de outubro corrente.
O que ainda permanece no vermelho total é o preço médio alcançado por esses quatro itens no decorrer do ano. É verdade que em setembro, pela primeira vez no ano, todos obtiveram preços superiores aos de um ano atrás. Mas na média dos nove primeiros meses de 2024 os resultados continuam negativos, registrando-se preços que ficam desde 2,4% até mais de 10% abaixo dos alcançados nos mesmos nove meses de 2023.
Como decorrência óbvia, a receita cambial também continua negativa. Mas tem uma exceção: a dos industrializados, cuja receita se encontra agora 2,6% acima da registrada entre janeiro e setembro do ano passado.
Mas como esse item, embora de melhor preço, responde por apenas 4% da receita global da carne de frango, o resultado final ainda é um déficit de quase 4% na receita acumulada em três dos quatro trimestres de 2024.
Fonte: portaldoagronegocio