Mas não só: oficialmente, esse foi o segundo maior volume registrado em toda a história das exportações de carne de frango, ficando aquém, apenas, das pouco mais de 454 mil toneladas que a antiga SECEX consignou para o mês de julho de 2018.
O detalhe, neste caso, é que tal volume representou aumento de, praticamente, 100% sobre o mês anterior (junho de 2018), deixando claro que o recorde então registrado resultou da adição de restos não computados do mês anterior. Assim, tomadas as médias dos 12 meses anteriores àquele evento, bem como a dos 12 meses posteriores, chega-se a algo entre 330 e 350 mil toneladas em julho de 2018. O que permite concluir que as exportações de agosto passado alcançaram novo e absoluto recorde.
Porém, desta vez, o recorde de volume não foi acompanhado por um recorde na receita cambial. É que nos últimos dois meses houve recuo no preço médio do produto. Mesmo assim o valor total do mês permaneceu (pela segunda vez na história) acima dos US$900 milhões, aumentando mais de 36% em relação a agosto de 2021.
Com os últimos resultados, o volume acumulado no ano registra aumento próximo de 7%, enquanto a receita cambial obtida é mais de um terço superior à dos oito primeiros meses do ano passado. Já os acumulados para os 12 meses encerrados em agosto de 2022 apresentam aumento de 8,31% no volume e de, praticamente, 36% na receita cambial.
Interessante ressaltar que, faltando ainda quatro meses para o encerramento do ano, a receita cambial já auferida se iguala à registrada nos 12 meses de 2018, supera em quase 7% a de 2020 e alcança 85% do total obtido no ano passado (ou cerca de 90% se consideradas as exportações realizadas no primeiro decêndio de setembro corrente).
