O faturamento bruto total das lavouras de café no Brasil, englobando as duas principais espécies cultivadas em todas as regiões do país, está projetado para atingir R$ 66,49 bilhões em 2024. A espécie Coffea arabica (arábica) deverá gerar R$ 48,02 bilhões, o que corresponde a 72,22% do total. Já a espécie Coffea canephora (robusta e conilon) deve alcançar R$ 18,46 bilhões, representando 27,78% do total.
Ao analisar o faturamento por região, a Região Sudeste se destaca em primeiro lugar, com uma arrecadação estimada em R$ 56,62 bilhões, o que equivale a 85,20% do total nacional. Em segundo lugar, a Região Nordeste prevê um faturamento de R$ 4,63 bilhões (6,96%), seguida pela Região Norte, com R$ 3,92 bilhões (5,89%). A Região Sul ocupa a quarta posição, com R$ 781,94 milhões (1,17%), e a Região Centro-Oeste fecha o ranking com R$ 519,35 milhões (0,78%).
Focando apenas na espécie Coffea arabica, a Região Sudeste lidera novamente com R$ 44,78 bilhões (93,25%), seguida pelo Nordeste com R$ 2,12 bilhões (4,41%). A Região Sul fica em terceiro lugar com R$ 781,94 milhões (1,64%), seguida pela Centro-Oeste com R$ 330,29 milhões (0,70%). A Região Norte não tem registro oficial de faturamento bruto para essa espécie.
Para a espécie Coffea canephora, a Região Sudeste continua na liderança com R$ 11,84 bilhões (64,13%), seguida pela Região Norte com R$ 3,92 bilhões (21,25%). A Região Nordeste aparece em terceiro lugar com R$ 2,51 bilhões (13,60%) e a Região Centro-Oeste em quarto com R$ 189,05 milhões (1,02%). A Região Sul não produz café conilon.
Esses dados são parte do relatório Valor Bruto da Produção (VBP) de junho de 2024, divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
O cálculo do VBP do café é baseado na safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos preços médios recebidos pelos produtores, apurados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP). Os dados consideram, entre outros fatores, os preços médios anuais recebidos pelos produtores, com base nas médias anuais dos anos anteriores e, para 2024, nos preços médios de janeiro a junho. Os cálculos dos preços referem-se ao café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e ao café robusta tipo 6, peneira 13 acima, com 86 defeitos.
Valor Bruto da Produção – Junho 2024
Fonte: portaldoagronegocio