Os contratos futuros do café arábica registraram valorização próxima de 1% nesta quinta-feira (30) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), refletindo a continuidade das preocupações com a oferta global. Nos últimos 12 meses, a variedade acumulou um aumento expressivo de 94% e pode testar o patamar de US$ 3,80/lb.
Segundo boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos do mercado seguem inalterados. Os estoques permanecem reduzidos tanto nos países produtores quanto nos consumidores, enquanto eventos climáticos extremos continuam impactando a produção. “No Brasil, enfrentamos um cenário desafiador neste segundo semestre do ano-safra (janeiro a junho), com dificuldades para atender ao consumo interno e manter o ritmo das exportações”, destaca o relatório.
Por volta das 8h40 (horário de Brasília), os mercados internacionais operavam com ganhos moderados. A preocupação persistente com o abastecimento tem sustentado os preços e estimulado a compra por parte de fundos de investimentos.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento para março/25 registrava alta de 365 pontos, sendo negociado a 370,20 cents/lbp. O contrato para maio/25 subia 355 pontos, cotado a 364,90 cents/lbp, enquanto o de julho/25 avançava 340 pontos, chegando a 357,85 cents/lbp. Já o vencimento de setembro/25 registrava ganho de 350 pontos, sendo comercializado a 348,65 cents/lbp.
De acordo com informações da Bloomberg, a expressiva valorização do café arábica no último ano reflete o aperto na oferta global. O analista de mercado e diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, explica que, tecnicamente, caso a variedade feche acima de US$ 3,70/lb, o mercado pode buscar o patamar de US$ 3,84/lb. “A volatilidade permanece elevada, e surpreendentemente, há oferta de café a esses preços expressivos no mercado interno. Um fator que pode moderar esse movimento são os dados das exportações de janeiro da Cecafé”, avalia o especialista.
O café robusta também registrava avanço significativo. O contrato para março/25 operava em alta de US$ 33, negociado a US$ 5.642/tonelada. Para maio/25 e julho/25, os ganhos eram de US$ 35, com cotações de US$ 5.618/tonelada e US$ 5.546/tonelada, respectivamente. O vencimento para setembro/25 apresentava aumento de US$ 54, atingindo US$ 5.469/tonelada.
Fonte: portaldoagronegocio