A BrasilAgro começou o plantio de soja nas regiões do Xingú, de Alto Taquari (MT) e de Mineiros (GO). A nova safra começa sob previsões otimistas para o clima, que já deu sinais de melhora em relação ao ano passado, antecipando o início da chuva em até dez dias nestas três regiões, para o fim de setembro.
A companhia tem 39 mil hectares dedicados ao cultivo de alimentos no estado de Mato Grosso, incluindo a produção no período de safrinha, e mais 4,9 mil hectares em Goiás.
“Todas as previsões indicam que o La Niña deve perder força, permitindo um regime de chuvas mais próximo da normalidade, favorecendo, principalmente, melhores resultados na safrinha”, comenta Wender Vinhadelli, diretor de operações da BrasilAgro.
Na safra passada, o fenômeno climático impactou a produção de grãos da companhia em cerca de 9%, enquanto o algodão chegou a 49% do orçado. A BrasilAgro opera em cinco Estados brasileiros, incluindo a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia).
“Nesta nova safra, a companhia deve operar uma área semelhante à safra passada, com expectativa de produção otimista, especialmente por estas previsões climáticas favoráveis”.
A empresa também iniciou plantio nas Fazendas da Bahia que contam com pivôs de irrigação.
Além do Brasil, a empresa produz alimentos na Bolívia e no Paraguai, país que teve a produção agrícola afetada pelo La Niña nos últimos três anos. Para a nova safra, com cerca de 16 mil hectares em produção, a previsão indica boas condições para o cultivo de soja e milho, além de feijão e algodão.
“No caso do Paraguai, as projeções sugerem um ano bem melhor, com possibilidades de uma safra cheia, enquanto a Bolívia deve repetir bons resultados alcançados na última safra”, finaliza Vinhadelli.
A BrasilAgro reportou ao Mercado, no começo de setembro, um portfólio de terras que soma 275.412 hectares. Na safra 2021/22, encerrada em junho, a empresa atingiu R$ 1,5 bilhão em receita líquida, com crescimento de 98% em relação à safra passada.