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Agronegócio

Brasil: Sustentabilidade e Tecnologia impulsionam liderança na produção de algodão

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Em 2024, o Brasil alcançou um feito histórico no setor algodoeiro, tornando-se o maior exportador mundial de algodão e superando a tradicional liderança dos Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra 2023/24, o país deve colher aproximadamente 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma), com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas.

No estado de Mato Grosso, o maior produtor de pluma do Brasil, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) está na vanguarda da inovação e sustentabilidade no cultivo de algodão. A Fundação MT se destaca por sua dedicação à pesquisa e ao aprimoramento das práticas de manejo, buscando sempre soluções tecnológicas para enfrentar as principais pragas e doenças do algodão.

O papel de liderança da fibra brasileira foi o tema central do painel “Desafios, Oportunidades e Futuro da Cotonicultura Brasileira”, que abriu o XVI Encontro Técnico do Algodão promovido pela Fundação MT. O evento, realizado em Cuiabá de 31 de julho a 2 de agosto, reuniu especialistas e profissionais renomados do setor.

Durante o encontro, o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou que o sucesso do Brasil na produção de algodão é resultado de um esforço de 25 anos. “Nossa conquista é fruto do investimento em tecnologias de ponta, garantindo a qualidade, rastreabilidade e, acima de tudo, a sustentabilidade do algodão brasileiro”, afirmou Portocarrero.

O painel também abordou questões como novas tecnologias, inovação e rastreabilidade. O economista e sociólogo Marcos Troyjo ressaltou que, apesar da liderança brasileira no mercado global, o ESG (ambiental, social e de governança) representa um novo desafio. “A agenda ecológica vai continuar a ganhar importância, impulsionando a demanda por treinamento e aprimoramento da força de trabalho para atender às necessidades de um setor em crescimento”, comentou Troyjo.

Samuel Locks, cotonicultor, destacou a falta de mão de obra qualificada como um dos principais obstáculos enfrentados pelos produtores. Ele também compartilhou suas expectativas para o futuro da produção de algodão no Brasil. “Embora o produtor brasileiro seja extremamente eficiente, há sempre espaço para melhorias e aumento da eficiência por meio de inovações tecnológicas”, afirmou Locks.

O Encontro Técnico do Algodão também marcou a renovação do conselho curador da Fundação MT. Romão Viana foi anunciado como o novo diretor-presidente, e ressaltou o compromisso da Fundação com a imparcialidade e credibilidade dos resultados apresentados.

Sob o tema “Cultivando o Futuro”, o evento teve como objetivo compartilhar dados de pesquisa, apresentar o posicionamento da Fundação MT, discutir os desafios da cotonicultura, avaliar a última safra e planejar a próxima temporada. A programação destacou a importância de continuar avançando em inovação e sustentabilidade para manter a posição de liderança do Brasil no mercado global de algodão.

Fonte: portaldoagronegocio

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