Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira, o Brasil apresentou um déficit em transações correntes de US$ 6,526 bilhões em setembro, superando as expectativas do mercado. A previsão mediana dos analistas consultados pela Reuters indicava um déficit menor, de cerca de US$ 5 bilhões. A análise foi realizada pela jornalista Camila Moreira.
O déficit acumulado em 12 meses nas transações correntes atingiu 2,07% do Produto Interno Bruto (PIB). Para fins de comparação, em setembro de 2023, o país havia registrado um superávit de US$ 268 milhões.
Os investimentos diretos no Brasil, outro indicador econômico relevante, também ficaram aquém das estimativas do mercado, alcançando US$ 5,229 bilhões em setembro. A projeção dos analistas indicava um investimento de US$ 5,6 bilhões para o período, ligeiramente superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, que foi de US$ 5,149 bilhões.
Em relação à conta de renda primária, foi registrado um déficit de US$ 6,532 bilhões em setembro, ante um rombo de US$ 5,073 bilhões no mesmo mês de 2023.
No âmbito comercial, a balança apresentou um superávit de US$ 4,808 bilhões, um recuo significativo em relação aos US$ 8,476 bilhões registrados em setembro do ano passado. Já a conta de serviços fechou o mês com um déficit de US$ 4,983 bilhões, maior do que os US$ 3,450 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Fonte: portaldoagronegocio