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Agronegócio

Brasil e Costa Rica discutem estratégias para o desenvolvimento do etanol como política pública

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Especialistas do Brasil, da Costa Rica e de outros países da América se reúnem nesta sexta-feira (31 de março), em San José, capital costarriquenha, para discutir políticas públicas de longo prazo para os biocombustíveis, à luz dos desafios para a mobilidade de baixo carbono. O evento, intitulado Sustainable Mobility: Ethanol Talks Costa Rica, será realizado na sede central do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

O seminário é promovido pela União da Indústria de e Bioenergia (Unica), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil na Costa Rica, Agência Brasileira de de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool).

Participam dos debates Marlon Arraes, coordenador-geral de Etanol do Ministério de Minas e Energia do Brasil; Evandro Gussi, presidente e CEO da Unica; Flávio Castellari, diretor-executivo do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla); Juan Manuel Quesada Espinoza, presidente executivo da Refinadora Costarriquenha de Petróleo (Recope); Ricardo Abreu, consultor em Mobilidade Sustentável da Unica; e Agustín Torroba, especialista em Biocombustíveis e Energias Renováveis do IICA.

O objetivo do Ethanol Talks é proporcionar oportunidade de diálogo e cooperação entre agentes públicos e representantes da indústria dos países, com o intuito promover o biocombustível na mobilidade sustentável. O projeto é desenvolvido desde 2020 e já te teve edições em Nova Déli (Índia), Bangkok (Tailândia), Islamabad (Paquistão) e, mais recentemente, na cidade da Guatemala (Guatemala) e em Buenos Aires (Argentina).

“Ethanol Talks é um evento chave dado o interesse da Costa Rica e de muitos países da região em utilizar biocombustíveis em geral e bioetanol em particular para descarbonizar o sector dos , gerar desenvolvimento agrícola e diversificar a matriz energética”, afirma Agustin Torroba. “Será muito útil para sensibilizar, desenvolver capacidades e fornecer informações técnicas relevantes aos decisores políticos e ao público em geral”, completa.

Os temas serão discutidos em cinco painéis. São eles: políticas públicas; o uso do etanol e a indústria automobilística; etanol na América Central; soluções tecnológicas para a descarbonização; e construindo juntos os próximos passos.

“Nosso propósito é contribuir com o conhecimento técnico de quase 50 anos de uso do etanol, ajudando para que cada país possa avaliar as melhores soluções para a descarbonização da matriz de transportes, considerando suas especificidades geográficas, agroindustriais, socioambientais e econômicas”, destaca o presidente da Unica, Evandro Gussi.

IMPACTOS AMBIENTAIS

Atualmente, mais de 70 países no mundo já possuem mandatos que estabelecem algum nível de mistura de etanol na gasolina. O biocombustível tem uma das menores pegadas de carbono, podendo reduzir em até 90% quando comparado à gasolina. No Brasil, desde que os carros flex foram lançados há exatos 20 anos, o uso de etanol evitou a emissão de mais 620 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera. Além do álcool hidratado (E100), é mandatório no país a mistura de 27% de etanol na gasolina.

No caso da Costa Rica, a mistura de bioetanol na gasolina pode ser parte da para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), em conformidade com os compromissos assumidos pelo país no âmbito do Acordo de Paris. A Costa Rica tem como objetivo reduzir as emissões globais de CO2 em 11% até 2030. Estimativas apontam que a mistura de 11% de etanol na gasolina reduziria as emissões em torno de 235 mil toneladas de CO2 por ano.

Fonte: portaldoagronegocio

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