O governo brasileiro recebeu com entusiasmo a aprovação da emenda à Norma Geral para Sucos de Frutas e Néctares do Codex Alimentarius, que visa incluir de maneira mais detalhada as características do suco de uva produzido a partir da espécie Vitis labrusca, predominante na produção nacional. Esta alteração alinha a norma internacional à realidade da produção brasileira, facilitando as exportações e impulsionando a competitividade do produto no mercado internacional.
A emenda, que foi proposta à Comissão do Codex Alimentarius (CAC), estabelece a divisão do nível mínimo de Brix para o suco de uva em dois grupos distintos. O primeiro se refere à Vitis vinifera e suas híbridas, com o limite de Brix mantido em 16,0. Já o segundo grupo abrange a Vitis labrusca e suas híbridas, com o novo limite mínimo de Brix de 14,0. A medida visa tornar a norma mais precisa e refletir de forma mais adequada as características do suco de uva reconstituído produzido com Vitis labrusca, especialmente nas regiões brasileiras como o Rio Grande do Sul.
O Codex Alimentarius, criado em 1963 e gerido em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como principal objetivo estabelecer normas internacionais para alimentos, visando à proteção da saúde dos consumidores e à promoção de práticas comerciais justas no comércio global.
Esse sucesso é resultado do esforço conjunto entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que trabalharam de forma coordenada para garantir a atualização da norma.
Fonte: portaldoagronegocio
