No primeiro semestre de 2024, o Brasil alcançou um incremento de 5,7 gigawatts (GW) de potência instalada em sua matriz elétrica, estabelecendo um novo recorde nos últimos 27 anos, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Esse crescimento significativo foi impulsionado pela entrada em operação de 168 novas usinas no período.
O ministro Alexandre Silveira ressaltou os resultados positivos do planejamento do setor elétrico, destacando o aproveitamento das potencialidades brasileiras, especialmente nas fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa. “Esses números comprovam que o nosso planejamento tem alcançado resultados positivos para garantir a segurança elétrica nacional, aproveitando todas as nossas potencialidades, especialmente nas matrizes de fontes renováveis”, afirmou.
Para 2024, a meta de crescimento na geração de energia elétrica é de 10,1 GW. No ano anterior, 2023, o acréscimo foi de 10,3 GW, mesmo com um primeiro semestre de crescimento inferior ao atual. Só em junho deste ano, houve um aumento de 889,51 megawatts (MW) de potência instalada, com a operação de 27 novas usinas: 13 eólicas, 10 fotovoltaicas e 4 termelétricas.
Conforme a ANEEL, as principais fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica centralizada atualmente são: hídrica, representando 53,88% do total; eólica, com 15,22%; e biomassa, com 8,31%. Entre as fontes não renováveis, destacam-se: gás natural, com 8,78%; petróleo, com 3,92%; e carvão mineral, com 1,7%. A ANEEL começou a compilar essas informações em 1997, ano de sua fundação.
Os dados do MME também consideram a Micro e Minigeração Distribuída (MMGD). No caso da energia solar, por exemplo, a participação é de 6,1% na capacidade instalada de geração, mas esse número sobe para 19% quando incluída a MMGD.
Capacidade Instalada
Até o início de julho, o Brasil acumulou 203,9 GW de potência fiscalizada centralizada, sendo 85% provenientes de fontes renováveis. Esses dados são atualizados diariamente no Sistema de Informações de Geração (SIGA) da ANEEL, que registra informações sobre as usinas em operação e os empreendimentos em construção.
No primeiro semestre de 2024, o Brasil também contou com uma capacidade instalada de MMGD de 30,6 GW, tendo havido uma expansão de 4,4 GW até o final de junho, com 680 MW adicionados somente em junho.
Fonte: portaldoagronegocio