Pesquisas recentes demonstram a eficiência no uso de insumos biológicos de ponta sobre a lagarta Spodoptera frugiperda, mais conhecida como lagarta-do-cartucho, na cultura do milho. De acordo com a Promip, empresa focada no desenvolvimento de defensivos agrícolas ativados por agentes microbiológicos e macrobiológicos, essa lagarta chegou a mais de 180 cultivos e se consolida, safra após safra, entre as pragas mais desafiadoras da agricultura.
Os agentes microbiológicos são vírus, bactérias e fungos e os macrobiológicos são ácaros, insetos e nematoides. Nesse contexto, a Promip lançou recentemente uma solução 100% natural indicada ao manejo da Spodoptera frugiperda, que consiste no bioinseticida de marca Baculomip SF. Conforme a área de pesquisa & desenvolvimento da empresa, se não for estrategicamente controlada, a lagarta-do-cartucho é capaz de dizimar em torno de 60% de uma lavoura. Somente para combater à praga, acrescenta ele, produtores de milho desembolsam em torno de US$ 600 milhões ao ano com inseticidas químicos.
O engenheiro agrônomo e entomologista e CEO da Promip, Marcelo Poletti ressalta que o novo produto é formulado com base no isolado do vírus entomopatogênico Spodoptera frugiperda multiplenucleopolyhedrovirus (SfMNPV), descrito como ‘baculovírus’. “Esse agente biológico age sobre a lagarta-do-cartucho por ingestão”, resume Poletti. O vírus SfMNPV é fornecido pela Embrapa Milho e Sorgo.
“Avaliamos em profundidade, também, os efeitos de Baculomip® SF associado ao bioinseticida Trichomip®, de nosso portfólio”, revela Poletti. Segundo ele, Trichomip® constitui uma tecnologia de matriz macrobiológica resultante da vespinha Trichograma pretiosum, que impede a eclosão de ovos da Spodoptera frugiperda (ação ovicida). “Em conjunto, os bioinsumos potencializam efetividade no controle da lagarta-do-cartucho”, conclui.