A companhia prevê moer 2,668 milhões de toneladas de cana, cerca de 10% a mais em comparação a safra passada. O aumento, segundo a companhia, é composto por reforma de canaviais, áreas de expansão e o manejo com melhor qualidade.
A Bevap tem atuado com o mix mais açucareiro e esse ano a previsão é manter esse mix, mas a companhia está antenada no mercado e, de acordo com a companhia, está pronta para qualquer alteração necessária, de acordo com as indicações do seu time comercial. A produção estimada é de 5 milhões de sacas de açúcar e 80 mil m³ de etanol.
A possibilidade de produção de cana-de-açúcar na região sem irrigação é bem baixa, além da forte luminosidade solar, o período de estiagem no local chega a 7 meses, com uma evapotranspiração nos meses de setembro e outubro maior que 7 mm/dia. Ou seja, a cana morre sem água. A Bevap tem apenas uma região à 70 km de distância que tem solo e ambiente que não necessitam de sistemas de irrigação.
Por isso, a irrigação tem sido fundamental para a produção de cana na região onde a usina atua. Segundo a Bevap, o manejo com água contribui diretamente para a constância do canavial. “Atreladas as demais práticas de manejo, a Bevap consegue manter números interessantes de TCH. A média da safra 2022/23 foi de 96 de TCH”, afirmou a companhia à RPAnews.
A Bevap hoje faz a irrigação dos canaviais com o uso de três sistemas: Pivô Central, Linear, Rebocável, gotejamento subterrâneo e por hidroroll. “O sistema por pivô central tem sido o mais eficiente quando avaliado os resultados. A expansão está em processo de decisão estratégica e ainda é confidencial”, afirmou.
Além de irrigação, a companhia também faz fertirrigação com a vinhaça. Nas áreas mais próximas da usina, a Bevap faz a aplicação via pivô e em regiões mais distantes, faz aplicação localizada. Em uma pequena área, a companhia faz uso do hidro-roll e nos projetos de gotejamento faz a aplicação também direto na tubulação.
Investimentos na indústria
A planta industrial da Bevap é 100% automatizada, possui sistemas de controle e supervisão de última geração e sua operação é centralizada no COI (Centro de Operações Integradas). Nos últimos anos, foram implementadas com sucesso tecnologias como o Sistema de Gerenciamento e Otimização em Tempo Real (S-PAA) e o Sistema de Controle Avançado Multivariável (Leaf), que têm como base ferramentas de inteligência artificial.
Estes sistemas inovadores, segundo a companhia, trouxeram ganhos expressivos em eficiência, estabilidade operacional e consequente redução de custos em todas as etapas do processo produtivo.
“Formalmente ainda não temos 4.0, mas estamos trabalhando na governança e operação em busca de maiores índices de eficiência, rumo à capacidade total da Indústria. O desafio da safra é consolidar a governança estabelecida desde o ano passado, trabalhando bastante no fluxo entre o canavial e indústria, buscando o aumento de produtividade através do aumento de eficiência e qualidade em todas as operações. O cenário econômico e político no Brasil e no mundo é sempre influente em nosso setor e, atentos aos movimentos, procuramos nas ações administrativas e financeiras antever e prever os acontecimentos e decisões. As oportunidades continuam ligadas ao bom momento de precificação dos produtos produzidos”, afirma a companhia.
Fonte: portaldoagronegocio