Sophia @princesinhamt
Agronegócio

Benefícios dos Ácidos Orgânicos na Água de Bebedouro para Suínas: Impactos Positivos na Saúde das Granjas

2024 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Um manejo inadequado em granjas pode resultar em um aumento significativo de problemas genito-urinários em matrizes suínas. Andréa Silvestrim, gerente técnico comercial da Trouw Nutrition para a América , ressalta que a infecção do trato urinário em porcas é um dos principais desafios sanitários enfrentados nas granjas, especialmente nos últimos anos, em decorrência do aumento da prolificidade e do número de leitões nascidos vivos. Este conjunto de fatores contribui para elevadas taxas de descarte, perdas reprodutivas e maior mortalidade entre as fêmeas, acarretando custos adicionais com reposição e tratamento.

“Infecções no aparelho genito-urinário são patologias graves que podem se manifestar de diversas maneiras, incluindo cistite severa, que pode levar ao aborto, microaborto na primeira semana e à redução do número de leitões nascidos. Essas infecções têm um impacto negativo na produtividade das granjas”, alerta Andréa.

Uma das principais causas dessas enfermidades é o baixo consumo diário de água, aliado à má qualidade da água fornecida. Conforme apontado pela Embrapa, as porcas devem ter acesso livre a água potável de boa qualidade, com temperatura inferior a 20°C. O consumo de água varia conforme a fase da vida da porca: durante a gestação, o ideal é que ingira entre 18 e 20 litros diários; já no pico de lactação, esse número deve aumentar para 40 a 42 litros. No entanto, Andréa Silvestrim observa que, em visitas a propriedades, muitas fêmeas em lactação consomem apenas entre 15 e 18 litros de água, volume considerado insuficiente para uma fêmea que, em média, amamenta 15 leitões. Esse fator contribui substancialmente para o surgimento das anomalias.

“É fundamental monitorar a quantidade e a qualidade da urina das porcas através da urinálise, um procedimento que fornece informações relevantes, como a prevalência de infecção urinária no rebanho. Esse exame permite analisar se a urina é límpida ou turva, além da presença de cistite, identificada pela aparência de ó de giz na vulva, dificuldade de micção ou presença de sangue. Infecções podem levar a abortos, anestro (falta de cio), descargas vulvares purulentas e à Síndrome MMA (Mastite, Metrite e Agalaxia), resultando em perdas econômicas significativas”, afirma a especialista da Trouw Nutrition.

Para diagnosticar o problema, recomenda-se a realização de análises de urina, como o POP (Teste de Urina), que examina visualmente a urina no local e coleta amostras para análises laboratoriais visando a detecção de patógenos. “As amostras são simples de coletar, mas a interpretação deve ser realizada por especialistas, como a equipe da Trouw Nutrition, que ajuda na análise dos resultados para identificar e corrigir problemas, reduzindo a necessidade de antibióticos tanto em animais de reprodução quanto de produção”, completa Andréa.

A utilização de ácidos orgânicos, como o Selko® AlpHa, na água de bebida, em doses específicas, é recomendada pelos especialistas da empresa. Este produto estimula o consumo de água, melhora o bem-estar das fêmeas e reduz infecções por bactérias patogênicas, especialmente as Gram-negativas. Quando associado a um blend de ácidos orgânicos de curta e média na ração (Selko Selacid GG), proporciona uma modulação mais ampla da microbiota, resultando na diminuição das necessidades de defesa e melhorando o status sanitário.

Além de monitorar o consumo de água, é crucial que os produtores estejam atentos a condições de ambiente inadequadas, baixa imunidade e escore corporal das fêmeas. Garantir uma nutrição adequada, a limpeza do ambiente e a criação de espaços secos e confortáveis são ações fundamentais. Contudo, a prevenção deve ser o foco principal para a saúde do plantel.

A análise da água é um aspecto essencial. Identificar e realizar avaliações clínicas das fêmeas para corrigir problemas é parte integrante das medidas preventivas. “A detecção precoce de infecções facilita o tratamento e diminui o uso de antibióticos. O uso de acidificantes também contribui para melhor produtividade, bem-estar animal, consumo de ração e condição corporal, desempenhando papéis cruciais no trato gastrointestinal, como a redução do pH, efeito antimicrobiano e a melhoria da digestibilidade e absorção de nutrientes”, conclui Andréa Silvestrim.

Fonte: portaldoagronegocio

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.