O milho fechou em nova baixa na B3, seguindo Chicago e deterioração do preço de exportação, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “A nova forte queda de 2,47% da cotação do milho em Chicago, maior que a do dia anterior, base para o cálculo de exportação, nesta terça-feira, maior do que a alta de 0,96% do dólar voltou a esfriou ainda mais as negociações de milho, que tinham sido intensas durante a semana passada, marcando a forte instabilidade (sobe e desce) das cotações no mercado futuro da B3 em São Paulo”, comenta.
“Como a exportação é o driver da tendência atual dos preços, qualquer fator que a atinja, afeta o comportamento dos mercados físico e futuro. Com isto, as cotações futuras fecharam em queda no dia e na semana: o vencimento setembro/22 fechou a R$ 85,69, queda de R$ 1,83 no dia e de R$ 2,08 na semana nos últimos 5 pregões (semana); já novembro/22 fechou a R$ 89,87, queda de R$ 0,77 no dia e de R$ 0,11 na semana e janeiro/23 fechou a R$ 92,93, queda de R$ 0,31 no dia, mas, alta de R$ 0,28 na semana”, completa.
Em Chicago o milho caiu mais 2,47% por chuvas nos EUA e queda no petróleo. “A cotação do milho para setembro, que é o novo mês base, fechou em nova queda de 2.47% ou $ 15,50 cents/bushel a $ 611,25. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em queda de 2,83% ou $ 18,0 cents ou a $ 617,75”, indica.
“Os dados do Crop Progress da tarde desta segunda-feira mostraram o milho em 62% no estágio de massa, 3% abaixo do ritmo médio. A safra também foi 16% formando grãos, abaixo do ritmo médio de 20% de 14 de agosto. Apenas Columbia e Minnesota estavam mais adiantados no estado do que suas respectivas médias”, conclui.
Preço do milho paraguaio melhora no Brasil
Os preços do milho paraguaio no Brasil melhoram nos últimos dias, com alguns negócios feitos, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Alguns movimentos para cereais ao longo da semana, com os preços mostrando uma boa melhora nos dias de hoje”, comenta a consultoria.
“No início da semana, observou-se uma maior agressividade de compradores específicos no mercado brasileiro, o que permitiu o fechamento de negócios para o país vizinho, mas depois recuaram e limitaram o volume de negócios, com alguns retornando no final de semana. O mercado FAS também apresentou uma boa melhora, acompanhando os preços, aproximando-se de valores de 230,00 U$D/T na FAS Assunção, e conseguindo alguns negócios específicos. E como em todos os dias, o destaque de volume ficou por conta da indústria local, comprando produto com qualidade fora do padrão de exportação, alcançando volumes expressivos durante todos os dias”, completa.
Para o milho brasileiro para exportação os preços ficam estáveis com queda em Chicago sendo compensada com os prêmios. “As ofertas foram poucas, hoje, no mercado brasileiro, justamente devido à forte queda em Chicago de 2,47% contra uma leve alta de 0,96% do dólar; com isto, os vendedores preferiam ficar de fora. Nos portos de Santos-SP e Tubarão-ES o prêmio subiu para 125 para setembro, sem comprador; outubro, 125, comprador 105; novembro recuou para 135, comprador 115 e dezembro recuou para 140, com comprador a 120”, indica.
“Nos portos de Barcarena-PA e Itaqui-MA prêmios de vendedor a 125, para setembro, sem comprador; 125 para outubro, também sem comprador; novembro a 135 com comprador a 115 e dezembro vendedor a 145 om comprador a 120”, conclui.