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Jonathan Campos
A Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A.RS), que engloba a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) e o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Rio Grande do Sul (SIPARGS), está pedindo apoio aos governos estadual e federal para a revisão dos embargos que afetam as exportações avícolas do estado.
A avicultura gaúcha é crucial para a produção nacional, com uma produção anual de 3,8 bilhões de ovos e 1,9 milhões de toneladas de carne de frango. O setor exporta, em média, 6,2 mil toneladas de ovos e 740 milhões de quilos de carne de frango por ano, atendendo a mais de 120 países. Além disso, aproximadamente 580 mil pessoas estão direta ou indiretamente envolvidas com a avicultura no estado, incluindo 7.300 famílias de produtores integrados de frango de corte e 300 pequenos produtores de ovos, gerando emprego e renda em 260 municípios.
Em 2 de agosto, o setor expressou sua preocupação com os embargos recentemente impostos, que bloqueiam as exportações avícolas do Rio Grande do Sul, conforme o Ofício Circular Conjunto nº 11/DIPOA/SDA/2024. As restrições afetam especialmente países como Arábia Saudita, África do Sul, China e Cuba.
O Serviço Veterinário Oficial atuou diligentemente para resolver o caso isolado da Doença de Newcastle, que teve origem em aves columbiformes e afetou uma ave comercial de corte. Todos os protocolos foram seguidos conforme as recomendações legais nacionais e internacionais, e medidas preventivas foram adotadas, incluindo a declaração de autoembargo no estado.
Diante dessa situação, as entidades representativas da avicultura do Rio Grande do Sul solicitaram ao Governo do Estado que intervenha junto ao Ministério da Agricultura, ao Ministério das Relações Exteriores e ao Governo Federal para reverter os embargos considerados exagerados. José Eduardo dos Santos, Presidente Executivo das entidades avícolas do Estado, enfatizou a necessidade de uma abordagem mais direcionada, incluindo a interlocução com embaixadas e outras representações dos países afetados.
“Estamos enfrentando embargos relacionados a um caso já resolvido, enquanto continuamos a importar produtos desses mesmos países. É crucial que o Estado e o Governo Federal tomem uma posição firme”, afirmou Santos.
O setor solicita a intervenção das autoridades para evitar danos adicionais à economia e garantir a continuidade do desenvolvimento socioeconômico regional e nacional.
Fonte: portaldoagronegocio