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Agronegócio

Avanços na Pesquisa para Cafeicultura no Amazonas: Novas Iniciativas e Tendências

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A Embrapa Amazônia Ocidental anuncia a aprovação de dois novos projetos de pesquisa voltados para a cafeicultura, com o objetivo de promover o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação nesse setor. Os projetos foram selecionados na Chamada “Embrapa/Consórcio Pesquisa Café Nº 22/2024 – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Cafeicultura”.

Um dos projetos, intitulado “Biocafé: microbiota amazônica como fonte de bioinsumos para a cafeicultura”, tem como meta principal o desenvolvimento de bioinsumos baseados em microrganismos da biodiversidade amazônica, destinados ao controle de pragas e doenças. Liderado pelo pesquisador Aleksander Westphal Muniz, da Embrapa Amazônia Ocidental, o projeto conta com a colaboração dos pesquisadores Gilvan Ferreira, Rodrigo Berni, Luadir Gasparotto e a analista Cláudia Majolo. Em parceria com a Embrapa Rondônia, onde atuarão os pesquisadores José Nilton Medeiros Costa e Cesar Augusto Domingues Teixeira, também se associam ao projeto os pesquisadores Marcelo Curitiba, da Embrapa Café, e Marcos Rodrigues de Faria, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O foco da pesquisa será o controle biológico da cochonilha-da-roseta-do-café, além de doenças como Mancha Aureolada, Cercosporiose do Café e Rhizoctoniose do Café.

Além desse, a Embrapa Amazônia Ocidental também participa de outro projeto aprovado na mesma chamada do Consórcio Pesquisa Café. Intitulado “Redução de impactos negativos causados por estresse térmico no cultivo de Coffea canephora, pela seleção de clones adaptados às condições climáticas do norte da Amazônia Ocidental”, este projeto tem como objetivo validar variedades clonais de café canéfora adequadas para as condições edafoclimáticas do Amazonas e do cerrado de Roraima, bem como transferir tecnologias de manejo consolidadas para a cultura. Os esperados incluem a extensão de recomendações variedades clonais para cultivo nos dois estados e a capacitação de agentes multiplicadores sobre o manejo da cultura. A liderança é da pesquisadora Cássia Ângela Pedrozo, da Embrapa Roraima, com a participação de pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, como Edson Barcelos, Luiz Antônio Cruz, Maria Geralda de Souza e Ronaldo de Morais, além de colaboradores da Embrapa Café e de empresas parceiras.

No total, foram aprovados 104 projetos nas duas chamadas do Consórcio Pesquisa Café, incluindo a chamada nº 21 (dedicada aos Bancos Ativos de Germoplasma de Café do Brasil) e a chamada geral nº 22 para projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) voltados para a cafeicultura brasileira. A contratação dos projetos está prevista para ser finalizada até o final deste ano, com a execução programada para iniciar em janeiro de 2025.

Este marco representa a primeira vez que projetos de pesquisa são aprovados nos estados do Amazonas e Roraima no âmbito do Consórcio Pesquisa Café. A Embrapa, no entanto, já realiza há 11 anos atividades de pesquisa e transferência de tecnologia para o cultivo de clones da espécie Coffea canephora no Amazonas, tendo introduzido inicialmente as variedades de café conilon BRS Ouro Preto e posteriormente os híbridos Robustas Amazônicos, ambas desenvolvidas para a região.

Sobre o Consórcio Pesquisa Café

O Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, também conhecido como Consórcio Pesquisa Café, é uma colaboração estratégica entre instituições que visam o avanço de tecnologias para todas as etapas da cadeia produtiva do café. Este consórcio é composto por diversas instituições, incluindo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de (EPAMIG), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Fonte: portaldoagronegocio

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