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Agronegócio

Avanço da Colheita de Milho no Mato Grosso do Sul atinge 77%, superando safra anterior em 51 pontos percentuais

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A Aprosoja/MS divulgou recentemente seu Boletim Semanal da Casa Rural, trazendo novas informações sobre o andamento das lavouras de milho no estado. De acordo com o levantamento, a colheita da segunda safra de milho avançou para 77,9% da área total semeada, um crescimento de 12 pontos percentuais em relação aos 65,9% registrados na semana anterior. Esse progresso representa um incremento de 51,7 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2023.

A análise das lavouras ainda em campo revelou que 39,4% das áreas estão em boas condições, 26% são consideradas regulares e 34,6% estão em estado ruim. Esses índices permanecem semelhantes aos da semana anterior, quando 39,5% das áreas eram classificadas como boas, 26% como médias e 34,5% como ruins.

A região Sul-Fronteira apresenta os piores índices, com 59% das lavouras avaliadas como ruins, seguida pelo Sudoeste com 51,9% e o Sudeste com 46,1%. Em contraste, a região Nordeste possui 86% das áreas classificadas como boas, o Norte 74% e o Oeste 58%.

O relatório destaca que o tempo seco e quente tem sido um fator significativo, com temperaturas máximas atingindo 38,2°C em Corumbá e umidade relativa do ar reduzida a 15% em Coxim no dia 4 de agosto de 2024.

A produção, inicialmente estimada em 11,485 milhões de toneladas, foi revisada para baixo em 19,1%, passando para 9,285 milhões de toneladas. Isso representa uma redução de 34,7% em relação à safra anterior. A produtividade prevista é de 69,77 sacas por hectare, indicando uma retração de 30,7%.

“O estresse hídrico foi a principal causa da redução do potencial produtivo na segunda safra de milho 2023/2024. Esse problema afetou uma área de 768 mil hectares no estado de Mato Grosso do Sul. A seca ocorreu inicialmente entre março e abril, com períodos de estresse hídrico variando de 10 a 30 dias. Mais recentemente, entre abril e julho, o estado enfrentou 90 dias sem chuvas, sendo que a região norte já está há mais de 100 dias sem precipitações. Além da baixa produtividade, observamos também perdas totais de produção, resultando em alguns casos em colheita não compensatória para o produtor”, explicou a Aprosoja/MS.

O boletim finaliza ressaltando que os dados apresentados são preliminares e que a amostragem das áreas continuará, com a conclusão prevista para 13 de setembro.

Fonte: portaldoagronegocio

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