Os primeiros lotes da terceira safra de feijão já estão sendo colhidos e inicialmente estão abastecendo o mercado de São Paulo, além de estados como Goiás e Minas Gerais, onde a colheita está em andamento. De acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), a distância das fontes de produção aumenta a incerteza para os empacotadores em regiões mais distantes, como algumas localidades do Nordeste, que hesitam em comprar devido ao prolongado tempo de transporte.
Desafios e Diferenças de Preços
O Ibrafe destaca também a significativa disparidade de preços entre os feijões adquiridos por R$ 230/280, que podem ser comerciais ou de cultivares de escurecimento rápido, e o feijão extra. Esta variação pode confundir os consumidores que não têm um padrão claro de qualidade como referência.
Confiança e Monitoramento no Mercado
Apesar de ser o início da colheita, a safra atual já apresenta sinais positivos de produção. Os agricultores estão confiantes com os rendimentos, especialmente em estados reconhecidos pela qualidade superior de seus grãos, como Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Contudo, o mercado está atento às possíveis flutuações de preço esperadas durante o período de colheita e transporte.
Desafios Logísticos no Nordeste
Os estados do Nordeste enfrentam desafios adicionais devido à distância das fontes de produção, o que aumenta o risco para os empacotadores diante da volatilidade dos preços e do prolongado tempo de transporte. Essa realidade faz com que muitos adiem grandes compras para evitar prejuízos causados por mudanças repentinas nos preços.
Investimento em Qualidade e Estabilidade
Para os produtores, a estratégia recomendada é investir em práticas agrícolas que garantam a produção de feijões de alta qualidade, mesmo que isso implique em custos de produção mais elevados. A longo prazo, o foco na qualidade pode resultar em melhores preços e em um mercado mais estável para o feijão brasileiro.
Fonte: portaldoagronegocio