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Agronegócio

Avaliação de Novas Variedades de Acerola com Potencial para o Espírito Santo: Estudo Revela Resultados Promissores

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O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) está conduzindo um estudo inovador com 12 genótipos de aceroleira, fruto de uma colaboração com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido). O trabalho está sendo realizado na Fazenda Experimental Bananal do Norte, localizada em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo.

Esse estudo faz parte do Banco Ativo de Germoplasma (BAG), estabelecido em 2023, onde são analisados diversos aspectos das plantas, incluindo crescimento, incidência de pragas e doenças, produção (kg/planta) e peso médio dos frutos (g/fruto). Além disso, a pesquisa avalia a qualidade dos frutos através da concentração de sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT) e a relação SST/ATT, bem como o teor de vitamina C.

Segundo Marlon Dutra, pesquisador responsável pelo projeto, a iniciativa visa expandir o leque de variedades de acerola adaptadas às diferentes condições edafoclimáticas do Espírito Santo. Atualmente, o Estado cultiva predominantemente três variedades: BRS Sertaneja, Okinawa e BRS Jaburu.

No estudo, estão sendo avaliadas também variedades registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e amplamente cultivadas no Nordeste, maior região produtora de acerola do país. Entre elas estão Junko, BRS Apodi, Monami e BRS Cabocla. Além dessas, o estudo investiga as variedades Costa Rica, com origem desconhecida, e Olivier, uma seleção de um produtor de São Paulo, além dos genótipos ALHA05, UEL03 e PROG 052.

O objetivo da pesquisa é identificar os genótipos mais produtivos e com características superiores dos frutos, que sejam adequados tanto para o mercado de consumo in natura quanto para a indústria de processamento de polpa. “Alguns genótipos demonstram SST na faixa de 7,0 a 7,5 °Brix, valores ideais para o processamento industrial. Esses genótipos têm potencial para a produção de polpa congelada, que é o principal destino da acerola produzida no Estado”, explica Dutra.

A pesquisa revelou uma diversidade fenotípica significativa entre os genótipos do BAG, sugerindo a possibilidade de desenvolver variedades específicas para o Espírito Santo através de cruzamentos genéticos. Esses e outros resultados foram apresentados no 4º Simpósio de Fruticultura da Região Sul (Frusul), realizado em maio deste ano em Chapecó, Santa Catarina.

No futuro, serão estabelecidas unidades de observação em propriedades na região produtora de acerola no Espírito Santo para confirmar os resultados obtidos nas avaliações das plantas do BAG.

A pesquisa é financiada pelo Banco de Projetos de Pesquisa (nº 002-R/2020) da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em colaboração com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo. Além disso, o projeto promove capacitações, incluindo cursos, palestras e demonstrações sobre métodos de plantio, podas, tratos culturais e produção de mudas, beneficiando produtores, técnicos do Incaper, prefeituras e estudantes de agronomia.

Produção de Acerola no Espírito Santo

Em 2023, o Espírito Santo produziu 1.812 toneladas de acerola, um aumento de 16,15% em relação ao ano anterior. A produtividade alcançou 13,4 toneladas por hectare, conforme o último Boletim da Conjuntura Agropecuária Capixaba publicado pelo Incaper.

Fonte: portaldoagronegocio

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