Conforme o Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 27 de setembro a 3 de outubro, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), os produtores de feijão preto no Paraná têm registrado um aumento significativo nos preços da saca. Em setembro, o preço médio da saca alcançou R$ 306,88, o que representa uma elevação de 30% em relação ao mês anterior, quando o valor foi de R$ 236,83, e 36% superior ao preço praticado no mesmo período do ano passado, que era de R$ 225,43.
Esse crescimento nos preços tem gerado maior confiança entre os produtores em relação à primeira safra de feijão, que está estimada em 138,5 mil hectares. Mais da metade dessa área já foi semeada, e a expectativa é que a área total seja 29% maior em comparação ao mesmo período de 2023. Se as condições climáticas forem favoráveis, a produção pode chegar a 266,8 mil toneladas no estado, representando um aumento expressivo de 66% em relação às 160 mil toneladas colhidas na safra anterior, conforme os dados do boletim.
Um dos fatores que contribui para a elevação dos preços é a expectativa de continuidade das exportações para outros países da América Latina, como México e Venezuela, que, juntas, já adquiriram mais de 20 mil toneladas de feijão preto provenientes do Paraná. Essas exportações, consideradas atípicas, têm fortalecido a posição do estado no comércio exterior do produto, aproximando-o do Mato Grosso, que é o maior exportador nacional de feijão preto.
Apesar de o Mato Grosso ainda manter uma liderança consolidada nas exportações, com canais estabelecidos para mercados como a Índia e outros países da região há mais de uma década, o Paraná tem ampliado sua participação e se destacado na comercialização internacional do feijão preto.
Fonte: portaldoagronegocio