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Agronegócio

Aumento de 1,2% no Índice de Preços das Carnes em julho: o que esperar para o mercado de carnes

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Conforme a FAO, em julho passado seu Índice de Preços das Carnes registrou alta mensal de 1,2%, o que possibilitou que – pela segunda vez nos últimos 18 meses – fosse registrada variação positiva em relação ao mesmo mês do ano anterior. O ganho anual, porém, foi modesto, pouco superior a meio por cento.

O aumento foi propiciado pelas carnes de frango e bovina, cujos preços no mês aumentaram quase na mesma proporção, cerca de 1,7%. Com isso, a carne bovina acumulou aumento anual de 8,6%, enquanto a de frango ainda continuou com valor menor que o de um ano atrás (-1,3%). De toda forma, obteve o melhor resultado dos últimos 12 meses.

Justificando tais desempenhos, a FAO explica que a valorização da carne bovina resultou não só de uma firme demanda, mas também da redução da oferta de animais para abate na Oceania. Já o aumento na carne de frango foi determinado pela forte demanda por países do Oriente Médio e do Norte da África, “em meio a desafios de produção decorrentes de doenças animais, especialmente surtos de gripe aviaria, em várias das principais regiões produtoras”.

Como se vê, não há por parte da FAO menção específica ao caso brasileiro de Newcastle. Mas, conforme a ABPA, a simples divulgação da ocorrência e o temor de menor oferta do produto no mercado internacional (devido aos auto embargos declarados pelo MAPA) já ocasionaram aumento na demanda do produto e, com ela, a valorização dos preços.

Nesse cenário, a única perda de julho recaiu sobre a carne suína que, depois de várias altas praticamente sucessivas, viu seus preços no mês recuarem marginalmente (redução de 0,18%), permanecendo, assim, com um valor 6% inferior ao de julho de 2023. Um desempenho, conforme a FAO, resultante da combinação de vários fatores: redução da demanda mundial, aumento da oferta por parte de exportadores da Europa Ocidental, prevalência de embargos a países com surtos de peste suína africana e, até mesmo, possível efeito da abertura de processo, pela China, de investigação antidumping contra empresas exportadoras de carne suína da União Europeia.

A acrescentar, para simples registro, a observação de que há exatos dois anos, em julho de 2022, era registrado no mercado internacional o pico histórico de preço da carne de frango, então negociada por valor equivalente a 134,41 pontos, ou seja, com valorização de mais de um terço em relação ao triênio 2014/2016, parâmetro atual da FAO. Considerado o valor de julho passado, a carne de frango desvalorizou-se mais de 13% em relação a esse pico.

Fonte: portaldoagronegocio

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