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Agronegócio

ATR médio da safra 2023/24 deve ser de R$1,1786

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Não só a reoneração parcial dos combustíveis, como também o cenário que está projetado para o mercado de açúcar, com os preços sustentados, deve surtir efeito positivo não só para maior competitividade do etanol frente à gasolina, como também para o preço do ATR da cana para o produtor de cana.

Até fevereiro deste ano, de acordo com dados da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), o valor do ATR ficou em R$ 1,1677 por tonelada, registrando uma queda em relação ao mesmo período da safra 2021/22, quando era de R$1,1792/t. No entanto, os preços médios do ATR até o fechamento em março de 2024, deve ficar em R$,1786, segundo o Pecege.

De acordo com Haroldo Torres, economista e gerente de projetos do Pecege, a mudança de cenário é bastante positiva. “Quando fizemos a pesquisa com a grande maioria de nossos clientes no começo do ano, que representam cerca de 1/3 da moagem do setor, eles estavam trabalhando com um ATR projetado para a safra 2023/24 de algo como R$ 1,06. Começamos o ano bem cautelosos e talvez até pessimistas ao nível de preços do setor”, disse à RPAnews.

De acordo com o analista do Pecege, a previsão é de praticamente três safras com o mesmo nível de preço nominal. O que muda na perspectiva do Pecege para a safra 2023/24, diferente do que o próprio setor estava trabalhando, diz respeito sobre o etanol.

“A reoneração parcial do Pis/Cofins do dia primeiro de março a 30 de junho trouxe uma ligeira competitividade para o etanol. Só que nesse cenário de preços que estamos trabalhando, de R$1,1786 para essa safra, estamos considerando também todos os impostos federais que deverão ser reonerados totalmente [Pis/Cofins e Cide] a partir de primeiro de julho, que é quando expira a MP de quatro meses que foi promulgada no dia 28 d fevereiro”, disse Torres.

Além da retomada da competitividade do etanol, outro ponto de atenção é o cenário para o mercado de açúcar. “O preços do açúcar têm se mostrado supreendentemente resilientes, superando a casa de US$ 20 cents de dólares por libra peso e tem permanecido, justamente no mês de fevereiro, em cima desse patamar, por dois motivos, a quebra de safra na principal região produtora da Índia e na Tailândia. Além disso, temos uma redução forte de açúcar de beterraba e na Rússia. Na França temos a menor área de açúcar de beterraba sacarina dos últimos 13 anos. Se não bastasse esse efeito, até a própria mensagem da Índia, aumentando a mistura de etanol na gasolina. Ou seja, há uma mensagem muito positiva e forte para o açúcar”, observou o economista.

Fonte: portaldoagronegocio

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