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Agronegócio

ARYS, empresa brasileira de drones de pulverização, amplia fábrica no interior de São Paulo para se tornar a maior fabricante da América Latina e faturar R$ 100 milhões em 2023

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ARYS, empresa brasileira de drones de pulverização, amplia fábrica no interior de São Paulo para se tornar a maior fabricante da América Latina e faturar R$ 100 milhões em 2023

O agronegócio está cada vez mais tecnológico, sempre buscando por soluções que ajudem a potencializar os resultados, já que o Brasil é um dos principais produtores do mundo. Pensando nisso, o empreendedor Luis Felipe Mellão fundou a ARYS, empresa brasileira de tecnologia aeroespacial, desenvolvendo e fabricando sistemas não tripulados para pulverização agrícola e também coleta de dados georreferenciados. A empresa está em pleno crescimento com projeções de aumentar de cinco a sete vezes o volume de produtos comercializados para 2022 e alcançar faturamento de R$ 100 milhões em 2023.

A ARYS inova no mercado como a única fabricante brasileira de drones movidos a gasolina para pulverização agrícola e para serviços de larga escala. As pesquisas se iniciaram há cinco anos com a missão de oferecer uma tecnologia de ponta acessível para todos de uma forma escalável e com baixo custo de operação.

“E um país como o Brasil, que tem dimensões continentais, muita diversidade agrícola, climática, e com sazonalidades de mercado complexas, percebemos logo no início que as tecnologias existentes no mercado internacional estavam longe de conseguir atender o Brasil com escalabilidade, qualidade e rentabilidade. Antes de fundar a empresa, eu acompanhava o setor agrícola para entender quais eram as necessidades do mercado. Nas últimas décadas, houve uma expansão horizontal agressiva na agricultura brasileira, o que dificulta a otimização de recursos para combater qualquer anomalia durante as safras e acaba resultando em ainda grandes perdas num setor que já não tem muita sobra nas margens”, explica Mellão, CEO da ARYS. 

“Tínhamos que achar um jeito de criar soluções eficazes e constantemente alinhadas com as necessidades atuais do mercado. Os drones elétricos não têm autonomia o suficiente e um custo por hectare muito elevado para superar a fase dos early adopters e passar a ser adotado em massa”, completa.

Os sistemas utilizados pela aerotech são projetados de ponta a ponta, com foco na realidade dos clientes brasileiros, tornando os produtos mais performáticos. “Optamos pelos melhores componentes e matérias-primas e possuímos processos de fabricação de última geração, tanto aditivos, quanto subtrativos. Nosso desenvolvimento tecnológico também nos permitiu verticalizar radicalmente, proporcionando uma oportunidade excepcional para o crescimento da empresa, mantendo o custo do produto extremamente competitivo e uma performance superior à concorrência”, afirma o fundador da ARYS.

“A ARYS conta com um time especializado no setor aeroespacial e agrícola, possibilitando um diálogo com o agricultor, facilitando a compreensão das dificuldades desses profissionais no dia a dia e propondo soluções tecnológicas que hoje otimizam os processos no campo”, complementa Renato Franzoni, diretor de Tecnologia da empresa.

Economia 

Um dos diferenciais dos drones pulverizadores produzidos pela ARYS é o fato de operarem a gasolina, diferentemente de outros do mercado que são movidos a bateria. Segundo Mellão, isso garante mais autonomia, pois conseguem voar por até 45 minutos, enquanto que os elétricos conseguem manter o voo, em média, por apenas 10 minutos. E também oferecem maior economia, já que um drone elétrico tem um custo variável de no mínimo R$ 40 por hectare, e os da ARYS custam de R$ 6 a R$ 9 por hectare, além de serem mais sustentáveis, pois não utilizam baterias, que hoje não são descartadas da forma mais adequada e acabam prejudicando o meio ambiente. 

“Por ser fabricado no Brasil, nosso drone tem um pós-venda local, o que se traduz em alta disponibilidade mecânica. Hoje nos comprometemos a entregar peças de reposição em até 48 horas”, destaca Mellão. 

Por ser uma empresa verticalizada, a ARYS consegue oferecer 18 meses de garantia (o dobro dos drones importados). “E também, por termos domínio total do projeto, isso nos permite que avancemos na tecnologia, acompanhando o ritmo de inovações do mercado. E conseguimos também atualizar o software do produto de forma remota, igual um smartphone, sem precisar fazer a troca do mesmo”. 

A primeira versão lançada pela empresa é o STRATUS H12, drone a combustão com capacidade de 12 litros, autonomia de 45 minutos de voo e aplicação de até 8 hectares por hora. Recentemente, chegou também ao mercado o STRATUS H30, que tem como diferencial um tanque de 30 litros, a mesma autonomia de até 45 minutos de voo e rendendo até 16 hectares por hora. O H30 conta também com um sistema de dispersão de sólidos e sementes, com um tanque de 40 kg. “Por isso o H30 é também vantajoso para pecuaristas e projetos de reflorestamento em massa”, destaca o CEO da empresa.

Crescimento

A ARYS hoje se encontra em pleno crescimento, com planos de expansão nacional. O número de funcionários cresceu 11 vezes entre 2021 e 2022, passando de apenas 5 para 55. A empresa conta com escritório em São Paulo e sede em São Carlos, interior do Estado, onde opera a fábrica que produz os drones. 

Até o final do ano, a empresa irá inaugurar uma nova planta e abrirá mais de 40 vagas de emprego, chegando à produção de 450 drones até o término de 2023. Hoje, a aerotech conta com uma carteira de clientes que inclui produtores rurais, prestadores de serviços e parcerias com grandes cooperativas, como a Copercana, que está entre as 90 maiores empresas do agro do país.

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