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Agronegócio

Artesãos de Santo Antônio do Aventureiro inovam com produtos de fibra de bananeira e taboa: Conheça as criações sustentáveis da região

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Artesãos de Santo Antônio do Aventureiro, localizada na Zona da Mata, estão reinventando suas produções com o de fibras de bananeira e taboa. Os produtos resultantes dessa inovação incluem cestos, bolsas, embalagens para cachaças e chapéus, que não apenas resgatam uma tradição , mas também geram renda para os profissionais da região.

Ana Paula Sérvulo de Andrade, extensionista da de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), destaca que essa atividade tem proporcionado aos artesãos uma renda extra, ao permitir a utilização de novos materiais em suas criações. Raquel Lima Nogueira e Victor Queiroz são exemplos de artesãos que têm inovado em suas produções.

Raquel, que anteriormente fabricava bolsas, cintos e carteiras em couro, agora agrega as fibras de taboa a seus produtos. “Estou misturando as fibras da taboa com as tramas de couro, valorizando os objetos e permitindo cobrar um valor maior”, relata. Por sua vez, Victor, que já produzia itens em bambu, agora complementa suas criações com as novas fibras. “Estou fabricando luminárias, jardineiras e canecas de forma sustentável, resgatando uma tradição que estava se perdendo”, afirma.

As vendas dos produtos artesanais ocorrem em feiras e eventos locais, com planos de expandir o alcance da divulgação e comercialização. “Pretendemos criar uma barraca exclusiva na da Agricultura Familiar, denominada ‘Aventureiros de Fibra’, onde todos os artesãos estarão reunidos”, explica Ana Paula.

Capacitação e Sustentabilidade

Ana Paula também ressalta que essa atividade foi viabilizada por meio de um curso de capacitação realizado em abril deste ano, em parceria com o Senar-MG e a prefeitura municipal. O curso teve como objetivo resgatar o uso das fibras de bananeira e taboa na produção artesanal. “Muitos produtores mencionaram que havia quem fabricasse utensílios com essas fibras no município, mas a arte não foi passada para as novas gerações. Decidimos, então, realizar essa parceria para ensinar a técnica. Agora, dez artesãos estão capacitados para trabalhar com esses materiais e perpetuar a tradição”, conta.

O instrutor do Senar-MG, Gildeon Santo Porto, explica que a escolha da fibra de bananeira e da taboa se deve à abundância desses materiais na região. “A fibra da bananeira é obtida a partir dos caules das plantas, que são cortados após a colheita do cacho de banana, representando um material que seria descartado. Já a taboa, considerada uma planta invasora nos açudes, pode ser aproveitada na produção artesanal, agregando valor e contribuindo para a sustentabilidade”, conclui.

Fonte: portaldoagronegocio

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