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Agronegócio

Aquicultura: Como técnicas de gestão podem impulsionar o mercado da Tilápia

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A previsão para 2023 é superar 575 mil toneladas. Os dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) confirmam a força da espécie para impulsionar a oferta de peixes de cultivo no país. O Brasil já é o quarto maior produtor mundial de tilápia. E quer mais.

Porém, ressalta o pesquisador Thiago Bernardino, do CEPEA/USP, há desafios a serem superados. “Os produtores de tilápia precisam avançar em duas frentes: pensar coletivamente como cadeia e olhar para dentro da porteira, investindo muito em gestão, com boas práticas, controle de custos e uso de modernas tecnologias em genética, nutrição e sanidade”. Bernardino foi um dos palestrantes do AquaExperts, iniciativa da Phibro Saúde Animal, em São José do Rio Preto (SP), paralelamente à Aquishow 2023. O evento reuniu mais de 80 piscicultores, responsáveis por cerca de 70% da produção nacional de tilápia.

“A tilápia é o frango de 30 anos atrás. Acompanhei de perto o crescimento da avicultura, inclusive com o avanço das exportações. Um grande mérito da indústria avícola foi a organização da atividade, administrando bem a oferta mesmo em momentos de instabilidade de preços, de forma a atender tanto ao mercado interno quanto ao internacional. Hoje, o frango brasileiro representa 24% do comércio global e é a proteína animal mais consumida do país, com cerca de 45 kg/hab/ano”, complementa o consultor Osler Desouzart, da OD Consulting, também palestrante do AquaExperts.

“O objetivo do AquaExperts é exatamente esse: contribuir para o sucesso dos produtores de tilápia nos próximos anos”, destaca Daniel Fuziki, gerente de negócios de aquacultura da Phibro Saúde Animal. “A tilápia é a principal espécie de cultivo do Brasil e tem muito potencial para continuar a escalada. Para isso, é preciso cuidar muito bem da saúde e da nutrição”, complementa Fuziki.

“O Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de carne de frangos, carne suína e carne bovina. A tilápia é o próximo destaque tanto em oferta quando em presença no mercado internacional. Como os palestrantes do AquaExperts informaram, o peixe é o principal alimento animal produzido e consumido no mundo e o Brasil é o país que mais condições têm de expandir a oferta nos próximos anos. Porém, a piscicultura precisa estar preparada. A contribuição da Phibro é colocar no mercado soluções nutricionais eficazes que contribuem para o desenvolvimento dos peixes e também para sua proteção contra enfermidades”, destaca Mauricio Graziani, Country Manager da empresa.

Thiago Bernardino, do CEPEA, enfatiza que os produtores de tilápia têm de priorizar o controle do que está sob sua responsabilidade. “A economia, o nível de consumo, os preços. Não controlamos nenhum desses itens. Mas podemos melhorar a gestão do negócio, a qualidade dos serviços, a administração das despesas, o nível de tecnologia que utilizamos. É aí que precisamos investir pois o potencial de mercado é grande”.

“O mercado é imenso”, concorda Osler Desouzart. “O consumo per capita médio de pescado no mundo é de 20,4 kg. No Brasil, é de 7,65 kg/hab/ano. Aqui somos 208 milhões de pessoas. Considerando apenas a demanda interna, o espaço para a tilápia crescer é fantástico. E há ainda o mercado internacional, igualmente forte e do qual participamos muito pouco”, complementa Osler Desouzart.

Fonte: portaldoagronegocio

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