A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), em colaboração com suas vinculadas Emater-MG, Epamig e IMA, está conduzindo um monitoramento detalhado dos preços dos principais produtos comercializados no entreposto da CeasaMinas, em Contagem. Esta iniciativa visa avaliar o cenário de abastecimento alimentar em Minas Gerais, especialmente no contexto das preocupações geradas pela pandemia de COVID-19. O levantamento, que analisa os preços médios praticados na unidade Ceasa-MG da Grande BH entre 26 de agosto e 6 de setembro de 2024, será atualizado e publicado semanalmente.
Entre as frutas mais comercializadas na CeasaMinas estão abacaxi, banana, coco verde, laranja, limão, maçã, manga, mamão, melancia e uva. O monitoramento revelou variações nos preços dessas frutas ao longo do período analisado, refletindo a dinâmica entre clima, oferta, demanda e custos de produção.
O abacaxi pérola graúdo, por exemplo, apresentou uma queda inicial de 6,3% na primeira semana, com o preço passando de R$ 80,00 para R$ 75,00 a dúzia. Na segunda semana, o preço variou para R$ 85,00, antes de cair novamente 16,7%, retornando a R$ 75,00. A variação média semanal foi uma alta de 6,4%, fechando o período a R$ 83,33.
A banana prata viu duas quedas consecutivas, de 7,7% e 8,3%, terminando a R$ 5,50/kg, após iniciar em R$ 6,50/kg. O preço médio semanal caiu 8,3%, de R$ 6,00 para R$ 5,50/kg.
O coco verde registrou uma única variação, com uma alta de 13,6% no final da segunda semana, elevando o preço de R$ 2,20 para R$ 2,40 a unidade. A variação média semanal foi uma alta de 9,1%.
A laranja pêra teve um aumento de 5,9% ao final da segunda semana, com o preço passando de R$ 4,25 para R$ 4,50/kg, resultando em uma variação média semanal de 3,9%.
O limão tahiti extra apresentou várias altas durante o período, com aumentos de até 12,5% e 11,1%, fechando a R$ 5,00/kg. A variação média semanal foi uma alta de 28,6%, passando de R$ 3,50 para R$ 4,50/kg.
A maçã gala, inicialmente estável, teve uma alta de 5,9% no segundo período, encerrando a R$ 10,00/kg. A variação média semanal foi de 2,0%, subindo de R$ 9,44 para R$ 9,63/kg. O mamão formosa registrou duas altas, com aumentos de 8,4% e 7,5%, e o preço passou de R$ 3,31 para R$ 3,88/kg, refletindo uma variação média semanal de alta de 10,3%.
A manga tommy manteve-se estável na primeira semana, mas apresentou quedas de 9,2% e 9,9% na segunda semana, fechando a R$ 5,00/kg. A variação média semanal foi de queda de 9,1%.
A melancia graúda teve aumentos consecutivos de 12,5% e 11,1%, terminando a R$ 2,00/kg, com uma variação média semanal de alta de 20%. A uva Itália, que começou com uma queda de 5,8%, teve uma alta subsequente de 12,5%, estabilizando-se a R$ 11,25/kg até o final da segunda semana, resultando em uma variação média semanal de alta de 5,9%.
A análise dos preços das frutas indica que o mercado é fortemente influenciado por fatores como custos, concorrência, oferta e demanda. O clima desempenha um papel crucial, muitas vezes afetando diretamente as variações de preço dos alimentos. Ao comparar os preços médios das frutas comercializadas no CeasaMinas entre 26 a 30 de agosto e 2 a 6 de setembro de 2024, observou-se que nenhuma fruta manteve estabilidade nos preços.
Frutas como mamão, melancia, maçã, laranja e limão apresentaram aumento nas cotações devido a uma oferta reduzida, aumento da demanda e condições climáticas adversas, como a falta de chuvas. Em contraste, frutas como banana e manga experimentaram queda nos preços devido ao aumento da oferta e à redução na demanda.
Fonte: portaldoagronegocio