Na América do Sul, os números seguiram a mesma tendência. O USDA manteve a produção 22/23 da Argentina enquanto o mercado esperava um corte de 3 M ton. Já a produção do Brasil aumentou um pouco mais do que o esperado.
Quanto ao novo ciclo, o USDA espera uma grande safra da América do Sul que, ao lado dos EUA, deve manter o mercado em patamares bastante confortáveis em 2023 e 2024.
Milho: Neutro
Da mesma forma, o WASDE de maio também foi baixista para milho. A produção dos EUA veio acima do esperado, assim como o estoque de 22/23. Como resultado, os estoques finais de 23/24 também vieram acima da estimativa do mercado.
No entanto, talvez a maior surpresa tenha vindo na América do Sul. Assim como na soja, a produção da Argentina foi mantida, enquanto o mercado esperava cortes. A safra 22/23 do Brasil subiu para 130M ton e, embora dentro da faixa do mercado, isso representa um aumento de 5M ton. Isso é muito para qualquer padrão, quanto mais para o USDA.
No geral, um relatório bastante baixista para o milho, cujas cotações tentaram acompanhar o rali do trigo no início, mas acabaram caindo depois.
Trigo: Altista
Ao contrário de seus pares, o relatório foi surpreendentemente altista para o trigo, com a safra dos EUA em destaque.
O número da produção de trigo dos EUA para 23/24 ficou muito abaixo da mediana das expectativas, refletindo as condições ruins no Kansas e em outros estados relevantes para o trigo de inverno.
Embora os estoques finais mundiais para 23/24 tenham vindo acima das expectativas médias do mercado (com um déficit menor), esse deverá ser o ciclo mais apertado desde 14/15 contribuindo para o cenário de alta. Como esperado, a Austrália (devido ao El Niño), a Rússia e a Ucrânia tiveram reduções consideráveis em suas safras para 23/24.
Fonte: portaldoagronegocio