A expectativa da Alvean é que o gargalo limite a exportação de açúcar a 2,5 milhões de toneladas por mês, sendo que haverá necessidade para embarcar cerca de 3 milhões de toneladas no pico da safra, estimou. “As safras estão crescendo e tem previsão de que a supersafra de grãos vai colidir com uma safra grande de açúcar a partir de abril”, reforçou.
Grãos levam vantagem
Na competição entre açúcar e grãos, estes devem ter maior poder de garantia de espaços nas ferrovias e nos terminas portuários. “Eventualmente, o açúcar pode não poder pagar o que os grãos podem pagar pelo mesmo período, em função da dinâmica de preços”, disse Souza.
A produção de açúcar do Centro-Sul da safra que começará em abril (2023/24) deverá ter um crescimento de ao menos 5%, de acordo com projeções de consultorias do segmento, por causa do avanço da colheita de cana e do mix mais açucareiro das usinas. Já a colheita de soja deverá aumentar mais de 20%, segundo a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Souza lamentou que o Brasil terá que “administrar” a oferta de açúcar justamente em um momento em que “o mundo está precisando de açúcar e os estoques mundiais estão baixos”.
A consequência, disse, serão “oportunidades perdidas de escoar o produto no momento certo e, portanto, [perda de] preço, e muitas vezes incremento de custo”. O custo de demurrage (atraso) de um navio no porto de Santos está em US$ 15 mil por dia.
Fonte: portaldoagronegocio