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Agronegócio

Alta expressiva no preço do boi gordo: demanda aquecida e oferta restrita impulsionam mercado

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O mês de setembro foi marcado por uma expressiva valorização nos preços da arroba do boi gordo, refletindo o desequilíbrio entre a oferta restrita de animais e a alta demanda. Segundo o analista Allan Maia, mesmo com o aumento nos valores pagos pelos pecuaristas para a compra de gado, a oferta permaneceu limitada, dificultando a ampliação das escalas de abate ao longo do mês.

As escalas de abate, ao final de setembro, variavam em torno de sete dias úteis na maior parte do Brasil, com estados como apresentando escalas fechadas em apenas cinco dias úteis. Maia destaca ainda que a seca prolongada em várias regiões do país prejudicou a qualidade das pastagens, tornando a oferta de animais terminados em confinamento essencial para atender à demanda de final de , especialmente com o cenário de exportações de carne bovina em níveis recordes.

O especialista também aponta que o entre a oferta doméstica e o volume de exportações tem sido um fator decisivo para manter os preços elevados. As cotações da arroba do boi gordo a prazo, em 26 de setembro, nas principais regiões de comercialização do país, foram as seguintes:

  • São Paulo (Capital): R$ 270,00 por arroba, uma alta de 10,2% em relação aos R$ 245,00 do final de agosto.
  • Goiás (Goiânia): R$ 260,00 por arroba, um aumento de 10,64% comparado aos R$ 235,00 registrados em agosto.
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 260,00 por arroba, alta de 10,64% frente aos R$ 235,00 no de agosto.
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 270,00 por arroba, valorização de 8% em relação aos R$ 250,00 de agosto.
  • Mato Grosso (): R$ 235,00 por arroba, aumento de 6,82% comparado aos R$ 220,00 do mês anterior.
  • Rondônia (Vilhena): R$ 245,00 por arroba, uma expressiva alta de 19,51% frente aos R$ 205,00 registrados no final de agosto.
Mercado atacadista e exportações

No atacado, os preços também mantiveram firmeza durante o mês de setembro. Os cortes do dianteiro do boi tiveram um aumento de 12,22%, passando de R$ 13,50 para R$ 15,50 por quilo. O quarto traseiro registrou valorização de 10,56%, subindo de R$ 18,00 para R$ 19,90 por quilo.

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada alcançaram US$ 884,925 milhões em setembro, com uma média diária de US$ 44,246 milhões, segundo dados da Secretaria de Exterior. O volume exportado totalizou 185,486 mil toneladas, com uma média diária de 12,365 mil toneladas. O preço médio por tonelada foi de US$ 4.478,30.

Comparando com setembro de 2023, houve um crescimento de 25,2% no valor médio diário das exportações e um aumento de 26,8% na quantidade média exportada, enquanto o preço médio registrou uma leve desvalorização de 1,3%.

Fonte: portaldoagronegocio

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